Mariz perde ministério por falar demais

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Política

27 de abril de 2016 às 12h01

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Depois que a “Folha de S. Paulo” estampou na sua manchete de primeira página de hoje (27), que o advogado Antônio Mariz de Oliveira, candidato sondado para ocupar o ministério da Justiça, dissera, em entrevista na noite de segunda-feira, que “A polícia Federal não deveria ficar centrada em delações premiadas e procurar outros focos para combater a corrupção”, nesta manhã o provável sucessor de Dilma, Michel Temer, tomou a sua primeira decisão em relação ao seu ministério: “ele está fora da equipe”.

E mandou que fosse avisado. Se a equipe ainda não foi formada e há, por ora, apenas ensaios sobre ela, Mariz entendeu que ele seria o ministro da Justiça. Colocou-se no cargo antecipadamente e fez uma declaração que não o competia. Temer dissera à imprensa que iria ficar em silêncio até que houvesse uma decisão do Senado, que apenas começa a analisar o processo de impeachment e deve concluí-lo lá para o dia seis de maio.

O ex-futuro ministro escorregou na sua antecipada declaração e perdeu o posto que imaginava ser seu. Os antigos costumavam dizer que “política é boca fechada e pé ligeiro”. Não houve, no caso, nem uma coisa nem outra. Temer tem popularidade baixa, não é simpático (Dilma também não), mas é considerado um político competente. A sua primeira missão é formar um ministério de peso e governá-lo para tentar tirar o País da crise. Demonstra, agora, que toma decisões imediatas e isto é positivo, como ocorreu em relação ao boquirroto advogado Antônio Mariz. Convém esperar o que virá adiante.

Foto: Reprodução

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