Inema alerta cuidados com pinguins que aparecem na costa nesta época do ano

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Bahia

17 de julho de 2015 às 09h44

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Pouco encontrados no Brasil, mas bastante conhecidos de todos, os pinguins estão de passagem pela costa baiana. Esse acontecimento que é de costume de junho a setembro nas praias do litoral do estado, deve ser assistido para que os animais tenham todos os cuidados recebidos devidamente.

A espécie encontrada no Brasil é da Patagônia, na Argentina, onde vive em colônias, e chegam a viajar por cerca de cinco mil quilômetros até a Bahia. Os Pinguins de Magalhães (Spheniscus magellanicus), que podem medir de 51 a 100 centímetros, sobem pela corrente das Malvinas e chegam ao litoral sul do país depois de seguirem os cardumes de anchovas. Esta mesma corrente e o fato da plataforma continental na costa da Bahia ser bastante estreita, apresentando largura média de 20 km, permite um numero maior de ocorrências de outras espécies polares um tanto raras, tais como a Foca-leopardo (Hydrurga leptonyx) foca-caranguejeira (Lobodon carcinophaga) e o Elefante marinho (Mirounga leonina).

Aqui, eles procuram terra firme para se aquecer, pois quando ficam sujos de óleo ou debilitados por alguma doença, a temperatura do corpo deles cai e tentam se aquecer em solo. A temperatura média das aves é de 41 graus.

“A maioria dos pinguins encontrados no país é formada por filhotes. É o chamado processo de dispersão. É quando os filhotes começam a sair de seus ninhos em busca de independência e de comida. Ainda assim, no meio deste grupo aparecem animais mais velhos, idosos e por isso bem cansados. Os pinguins se dispersam por causa das tempestades como o El Niño e La Niña. A corrente das Malvinas é muito intensa e faz com que os animais cheguem ao litoral do Brasil, desde o Rio Grande do Sul até a Bahia”, explica o médico veterinário e coordenador do Zoológico de Salvador, Gerson Norberto.

 Ao encontrar um desses animais em praias, as pessoas devem acionar a Guarda Municipal (3202-6000), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama (3172-1650) ou o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos – Inema (0800 071 1400), afim de encaminha-los ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), que fica no bairro do Cabula. Estes animais podem sofrer com o frio, por isso não devem ser colocados em geladeiras, freezer ou caixas com gelo. Basta acomoda-los em caixas de papelão, forradas com jornal e acionar os órgãos competentes.

Os pinguins só se deslocam a terra entre setembro e abril, para nidificar e fazer a muda de penas. No resto do ano permanecem no mar e acompanham as migrações de anchova – o seu principal alimento. Eles põem dois ovos, sob arbustos ou em buracos, que forram com penas, paus, folhas e algas. Estes ninhos mantêm os pintos quentes e protegidos do vento e chuva gelada, até completarem a muda e poderem ir para o mar. Ao contrário de outros pinguins, desde que haja alimento, os progenitores cuidam de ambos os pintos.

Foto: Ilustração

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