Lula dá aval para PT apoiar articulador do impeachment de Dilma à presidência da Câmara

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Política

09 de julho de 2016 às 09h30

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Meu “golpista” favorito Interessado em implodir o candidato de Eduardo Cunha à presidência da Câmara e dividir a base de Michel Temer, Lula deu aval para que o PT apoie Rodrigo Maia (DEM), entusiasta e artífice da abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff.

O recado de que “não possui veto” a Maia foi transmitido por Orlando Silva (PC do B) em reunião na quinta (7) na casa de Waldir Maranhão, que teve presença do candidato. Informada, Dilma deixou a negociação correr.

Garanta o seu Um emissário do PT, em contato constante com Rodrigo Maia, apresentou os termos do acordo: o candidato, primeiro, terá de oficializar o apoio de sua base — DEM, PSDB e PPS.

Aquela dívida Marcelo Castro (PMDB-PI) foi outro que procurou petistas pedindo voto. O PT não acredita que ele vá muito longe, mas diz não poder abandoná-lo caso viabilize sua candidatura. Afinal, foi um dos 137 votos a favor de Dilma.

Ativo e operante Logo após renunciar ao cargo, Eduardo Cunha deu ordem no grupo de Whatsapp da bancada do PMDB para que o deputado Carlos Marun (MS) fosse à reunião de líderes que discutiria a data da eleição para sua sucessão.

Quer pagar quanto? O governo já começa a contar os prejuízos da disputa pelo cargo. Enxerga nas candidaturas nanicas à presidência da Câmara um claro interesse dos deputados em cobrar alto para depois deixar o páreo.

 

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Madame Tussauds De um aliado do presidente interino: “Michel tem tanto medo de aparecer interferindo na eleição da Câmara que só falta colocar um boneco de cera seu plantado no gabinete para fingir que não sai de lá para trabalhar por ninguém”.

Temer, o demagogo Fábio Ramalho (PMDB-MG) foi a Michel Temer nesta sexta-feira (8) comunicá-lo de que também concorreria. “Ele disse que eu deveria ser candidato e tenho chances de ganhar e de presidir a Câmara”, relatou o deputado à coluna.

Meu Bê Nem Dilma resistiu. Em reuniões no Alvorada, a petista costuma provocar “Bessias” dizendo que ficou famoso. Vez ou outra, chama-o de “Bê”. Ex-Casa Civil, Jorge Messias segue na equipe da presidente afastada.

Se você insiste Presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Helena Nader só voltou atrás de colocar o cargo à disposição porque recebeu um telefonema de Michel Temer.

Nada favorável O Planalto foi avisado de que ela estava insatisfeita com a falta de recursos e com a inexperiência de Gilberto Kassab (Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações) com o setor.

Na lama A frustração dos brasileiros com a classe política piorou bem. Segundo pesquisa da agência Ketchum, 85% dizem ter menos confiança nos políticos agora do que há um ano. É a maior taxa em três anos de estudo.

Vai, Brasil O percentual dos desiludidos aqui é o maior entre os dez países pesquisados. Na Alemanha, 81% disseram confiar menos. Nos EUA, 57%. No Japão, 31%.

Escaldado A campanha de Fernando Haddad já busca nomes que comporão seu “conselho de compliance”. O grupo ficará encarregado de fazer a fiscalização das contas, a cargo do deputado Paulo Teixeira (PT). Haverá ainda um “conselho de ética”.

TV Marcelo Freixo lançará a campanha “democracia nos debates”. A lei patrocinada por Eduardo Cunha deixa o PSOL fora dos debates na TV por não ter ao menos dez deputados federais. A mobilização contará com ação nas redes sociais, petições online, artistas e “flash mobs”.

Romeu e Julieta Candidato do PT à Prefeitura de Campinas, Marcio Pochmann procura uma mulher para a vaga de vice na chapa.

TIROTEIO

Aceito a proposta do presidente… Desde que ele trabalhe as 80 horas por semana. Eu fico com as 44 horas semanais mesmo.

DE JOÃO GONÇALVES, secretário-geral da Força Sindical, sobre Robson Andrade, da CNI, citar jornada maior de trabalho praticada na França.

CONTRAPONTO

Sem amigos, sem moral

Durante jantar que reuniu apenas seis senadores na casa de Roberto Requião (PMDB-PR), na quarta-feira (6), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva falava sobre a política econômica de seu governo.

O petista defendeu medidas adotadas ao longo de sua gestão como forma de tirar o país da crise mundial. Mas foi interrompido pelo anfitrião, conhecido pelo jeitão sem papas na língua:


— Sua política econômica não foi uma maravilha, não, presidente. Foi um embrião da do Meirelles — disparou.
Lula prestou atenção. Deve ter soltado o habitual sorrisinho de canto de boca dado quando é pego no contrapé.

(Coluna Painel da Folha) (AF)

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