Cunha vai a Lewandowski pedir decisão contra Moro

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Brasil

22 de julho de 2015 às 06h47

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O juiz federal Sérgio Moro pediu explicações aos advogados da Odebrecht sobre anotações encontradas pela Polícia Federal no celular do presidente da companhia, Marcelo Odebrecht. A análise do material feita pelos agentes federais encontrou textos em que Marcelo falaria sobre possíveis estratégias para enfrentar a investigação da Lava-Jato. Os defensores podem se pronunciar até quinta-feira.

O juiz Moro diz, em seu despacho, que tudo está “sujeito a interpretação”, mas demonstra preocupação com um trecho das anotações que considera “perturbador”. Em um arquivo sem data, Marcelo escreveu “trabalhar para parar/anular (dissidentes PF)”. A análise dos agentes federais é que essa anotação faria uma referência a uma tentativa de atrapalhar as investigações. O despacho também cita referências às palavras “dossiê, “brindar Tau” e “expor grandes”.

Anotações encontradas no celular de Marcelo citam as siglas MF e RA, que, segundo a avaliação dos agentes federais, seriam os diretores da Odebrecht Márcio Faria e Rogério Araújo, também investigados pela Operação Lava-Jato. Diz o texto: “MF/RA não movimentar nada e reimbolsaremos tudo e asseguraremos a família. (sic)”. Mais para a frente, cita “higienizar apetrechos MF e RA”, que foi entendido pela PF como uma indicação de que os arquivos dos aparelhos eletrônicos utilizados pelos dois executivos deveriam ser limpos.

Para o juiz, a anotação indica que Mário e Rogério “estariam sendo orientados a não movimentar suas contas e que, no caso de sequestro e confisco judicial, seriam reembolsados”. “Considerando a gravidade dessas anotações, antes de extrair as possíveis consequências jurídicas, resolvo oportunizar esclarecimentos das defesas dos executivos da Odebrecht”, escreveu o juiz Moro.

Reprodução: O Globo

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