Princípio de rebelião é registrado na penitenciária de Pernambuco

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Brasil

25 de julho de 2016 às 08h36

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Um princípio de rebelião teve início na manhã desta segunda-feira (25) na Penitenciária Juiz Plácido de Souza, em Caruaru, Agreste de Pernambuco. De acordo com informações da Polícia Militar, equipes da PM, do Corpo de Bombeiros e ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) estão no local.

Segundo a PM, ainda não há informações sobre novas mortes ou feridos na unidade prisional. No sábado (23) ocorreu uma rebelião da penitenciária - que terminou com seis mortos e 11 feridos.

O presidente do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária, João Carvalho, disse que o presídio tinha 1.542 presos acima da capacidade. Em entrevista à TV Asa Branca, ele afirmou que havia 1.922 detentos na unidade, que tem capacidade para abrigar 380. "Tem seis ou sete [agentes penitenciários] quando era para ter 80", explicou o presidente do sindicato. Ele detalhou que os agentes se sentem prejudicados "pelas condições mínimas de trabalhar em uma unidade com uma superpopulação carcerária".

Segundo ele, além da superlotação, outro problema do presídio em Caruaru é a presença dos "chaveiros". Ele explicou que os chaveiros (presos que cuidam de celas e ficam com as chaves de alguns setores) dificultam o trabalho dos agentes penitenciários.

O Instituto de Medicina Legal em Caruaru confirmou ao G1 na manhã do domingo (24) que seis pessoas morreram durante a rebelião na Penitenciária Juiz Plácido de Souza. O IML informou que os corpos ainda estão sem identificação e as causas das mortes são desconhecidas.

A Secretaria Executiva de Ressocialização informou por meio de nota que "há registros de seis mortes".  Onze feridos, segundo a Seres, foram levados ao Hospital Regional do Agreste, três deles já retornaram à unidade.

Em nota, o tenente-coronel Roberto Galindo disse que não houve fuga e a situação é considerada estável no presídio. A PM esclareceu que alguns vídeos estão sendo divulgados - de forma criminosa - nas redes sociais como se fossem em Caruaru. "No presídio só temos efetivo extra, ou seja, o policiamento ostensivo na cidade de Caruaru não foi afetado. Pelo contrário, foi reforçado com Guarnições de cidades vizinhas, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Civil", informou a nota da Polícia Militar.

Reprodução: G1

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