Festa da Boa Morte atrai turistas ao Recôncavo Baiano

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Bahia

13 de agosto de 2016 às 06h05

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Uma das mais expressivas manifestações do sincretismo religioso, que reúne elementos das religiões católica e de matriz africana, a Festa da Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte tem seu ponto alto nesta segunda-feira (15/8), quando se comemora a Assunção de Nossa Senhora. Realizada em Cachoeira, no Recôncavo Baiano, há mais de 200 anos, o evento conta com apoio da Secretaria de Turismo da Bahia (Setur), por meio da Superintendência de Fomento ao Turismo (Bahiatursa).

Este ano, a festa, Patrimônio Imaterial da Bahia desde 2010, deve reunir, de acordo com a Secretaria de Cultura e Turismo de Cachoeira, um público de cerca de 5 mil pessoas. Visitantes de várias partes do Brasil e do mundo, como Estados Unidos e França, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, além de Salvador e outras cidades do interior da Bahia, movimentam as ruas do município, mudam a rotina da cidade e incrementam a cadeia produtiva do turismo local e da região, como meios de hospedagens, bares, restaurantes e o comércio em geral. Entre turistas brasileiros e estrangeiros, marcam presença também pesquisadores da cultura afro-brasileira.

Cachoeira possui cerca de 500 leitos e os meios de hospedagem chegam a lotar no período da festa. Para suprir a demanda, moradores alugam quartos e muitos visitantes buscam hospedagens em cidades vizinhas, como São Félix e Muritiba. “A nossa expectativa de movimentação na cidade este ano é grande. Já temos um público garantido, mas, por conta das Olimpíadas, temos muitos turistas no País, que podem ter interesse em conhecer essa festa secular”, acredita o presidente do Conselho de Turismo de Cachoeira, Daniel Santana, proprietário de pousada e restaurante.

Gerente do Aclamação Apart Hotel, no centro de Cachoeira, Adilza Costa informa que o estabelecimento já está com os 21 apartamentos reservados, o que significa 100% de ocupação. “Este ano, a procura foi maior”, informa. Além de ressaltar o potencial turístico da cidade também como grande atrativo, Daniel Santana avalia que “eventos como esse impulsionam os vários setores da economia da cidade”. Ele aponta ainda como grandes festas realizadas no município o São João, em junho; a Feira Literária Internacional de Cachoeira (Flica), em outubro; e a Festa da Ajuda, em novembro.

Além da parte religiosa, quem for à cidade vai poder conferir, como parte da programação, uma feira de mulheres negras empreendedoras da região do Recôncavo, com artigos gastronômicos e de artesanato, além de lançamentos de livros, exposições a apresentações artísticas e culturais.

Programação religiosa - A programação religiosa da festa tem início na noite deste sábado (13/8), com procissão, missa e ceia branca (sem azeite de dendê), e prossegue até o dia 17/8 (quarta-feira), quando ganha força a parte profana, com muito samba de roda. Na segunda-feira, o dia festivo é anunciado com fogos de artifício. Pela manhã, acontece a missa solene, na Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário, seguida da procissão em homenagem a Nossa Senhora da Glória. No final da manhã, tem a valsa e o samba de roda no Largo D’Ajuda e almoço com as irmãs, convidados e pessoas da comunidade na sede da irmandade. À tarde, o samba de roda toma conta do Largo D'Ajuda. Na terça e quartas-feiras, são oferecidos cozido e caruru, respectivamente, embalados por muito samba de roda.

Ascom / Setur

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