Após mortes, fórum trabalhista de SP vai ter obra para reforçar segurança

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Brasil

31 de agosto de 2016 às 08h58

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Após seis mortes, o prédio do Fórum Trabalhista Ruy Barbosa, na Zona Oeste de São Paulo, deve passar por reformas avaliadas em R$ 6 milhões. A obra prevê a instalação de vidros nas rampas, local de onde pularam as vítimas de suicídio. O último caso ocorreu nesta segunda-feira (29), com a morte de um adulto e uma criança de 5 anos. O caso provocou a suspensão das atividades até terça-feira (30).

O prédio foi inaugurado em 26 de março de 2004 e registrou as seis mortes em cinco casos de suicídio. O primeiro deles ocorreu em 31 de outubro de 2007, o segundo, em 13 de outubro de 2014. No dia 5 de maio de 2015 foi registrado um novo caso. O penúltimo aconteceu em 9 de março deste ano. Um outro caso de suicídio aconteceu em 25 de julho de 2014, mas no prédio sede do TRT.

Depois das duas mortes desta segunda-feira, o local passou por perícia e sofreu novas adaptações para limitar o acesso de pessoas ao parapeito do prédio. Segundo o TRT, nenhuma das sete vítimas era parte em processos trabalhistas.

Em comunicado divulgado nesta terça, a desembargadora Silvia Devonald, presidente do TRT, afirmou que não se pode ser leviano ao imaginar que o prédio é inseguro. "Como já dissemos anteriormente, atende a todas as normas de segurança. Infelizmente, se consolidou no circuito dos locais em que os suicidas fazem seu último ato de desespero, sua manifestação pública.”

No documento, o TRT considerou que o “prédio atende às normas de segurança, no entanto, não significa que não temos consciência de que medidas extremas devem ser tomadas para impedir novas ocorrências”.

Silvia informou “que a solução definitiva, aprovada pelo arquiteto Decio Tozzi, já consta em projeto detalhado com custo estimado de R$ 6 milhões, dependente de disponibilidade orçamentária e com prazo de execução, após licitado, de 12 meses”.

Em março deste ano, as rampas do TRT foram fechadas e um trabalho de contenção de acesso aos parapeitos foi iniciado. "Até que pudéssemos adquirir solução definitiva. O orçamento sempre foi um problema e em nossas reuniões com as associações nenhuma solução efetiva para a captação de recursos, que não aqueles oriundos da União, foi efetivada.”

A desembargadora disse que naquela época foi "surpreendida" com a efetivação dos cortes orçamentários "que nos impediram de prosseguir com aquela ou qualquer solução. Em 7 de julho, divulgamos carta aberta em que explicávamos a grave crise por que passamos e dizíamos que lutávamos para evitar o fechamento do Regional em agosto. Naquele contexto não havia recurso financeiro algum disponível".

Reprodução; G1

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