Convidado da semana, Augusto Vanconcelos fala dos problemas que os bancos tem enfrentado no estado

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Ligação Direta

29 de julho de 2015 às 08h57

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Na manhã desta quarta-feira (29), a rádio Nova Salvador (92,3), recebeu a visita do presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos. Na oportunidade, o presidente falou sobre as problemáticas que tem atravessado os bancos da capital baiana.

Perguntado pelo radialista João Henrique Cardoso, sobre o andamento da lei municipal dos 15 minutos de espera, Vasconcelos garantiu, mesmo com o desrespeito por parte das agências, o Sindicato tem feito um esforço grande para pressionar o poder público para a verificação da lei.

“Nós do Sindicato defendemos essa lei e infelizmente quem frequenta os bancos sabe que esta tem sido constantemente desrespeitada. Pra piorar os bancos reduziram 2.700 postos de trabalho em 6 meses, dificultando o atendimento e qualidade, mas o que não entendemos é o motivo dessa redução, já que no ano de 2014 os bancos faturaram mais de 60 bilhões de reais, o que não justifica o fechamento dos postos bancários do estado baiano”.

Quando perguntado sobre o Imposto Sindical, por Alcindo Anunciação, Vasconcelos afirmou que o Sindicato precisa ter fonte de financiamento autônoma para manter independência frente aos governos, empresas, igrejas e partidos.

“Sou a favor da obrigatoriedade, mas defendo que haja transferência da aplicação dos recursos. Vale ressaltar que os sindicatos não ficam com todos os valores, eles são repartidos, inclusive para o Governo. Cerca de 70% da nossa categoria são sindicalizados no estado da Bahia. Este é um sindicato que tem muita tradição e transparência, com contas abertas para toda a comunidade bancária”, informou Augusto que está há um ano a frente do Sindicato, e, por unanimidade, teve as contas aprovadas por parte dos bancários.

E sobre a polêmica que se arrasta há anos - explosões das agências bancárias no estado da Bahia -, Vasconcelos adiantou que esta é uma questão que tem afligindo a categoria. Segundo o sindicalista, de janeiro deste ano até então foram registrados 136 ataques, 86 explosões, 13 arrombamentos, 11 assaltos e 26 tentativas frustradas.

“De todo o lucro que os bancos somaram em 2014, Augusto contou que apenas 6,5% do lucro foi investido em segurança, dos quais 90% foi investido na proteção da internet banking: “Os bancos se negam a instalar em todas as agências do Brasil que nos caixas eletrônicos haja dispositivos de incineração das cédulas no momento de uma explosão. Os bancos priorizam investimentos em segurança das transações eletrônicas e pouco se preocupam com as agências e autoatendimentos”.

Diante da situação, o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia afirmou que apresentou um projeto de lei ao governador, cujo objetivo tem de aumentar os itens de segurança necessários para que uma agência bancária possa funcionar: “Na conversa defendemos uma ampliação da contingente policial e mais eficiência nas investigações. O governador informou que tem ampliado os esforços nessa área, o que contribuiu para o desbaratamento de diversas quadrilhas e apreensões de explosivos e armamentos”.

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