Estudo mostra que países ricos enfrentam maior risco de inundações

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Mundo

07 de agosto de 2015 às 19h01

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Embora as nações ricas tenham mais recursos para se protegerem contra as cheias com a construção de barragens, por exemplo, as alterações climáticas podem aumentar a severidade e frequência das inundações e tempestades

Os países ricos enfrentam riscos maiores com as alterações climáticas e as atividades humanas, que tornam as populações costeiras mais vulneráveis a inundações devastadoras. A conclusão é de um estudo publicado no US Journal Science.

O resultado do estudo contraria o que há muito tempo se pensava: que os países ricos, por terem mais dinheiro para investir em infraestruturas, enfrentam menos riscos de inundação. A notícia foi divulgada hoje (7) pela Agência France Presse.

Embora as nações ricas tenham mais recursos para se protegerem contra as cheias com a construção de barragens, por exemplo, as alterações climáticas podem aumentar a severidade e frequência das inundações e tempestades.

As alterações feitas pelo homem estão também aumentando o risco que as comunidades costeiras enfrentam. O estudo cita, como exemplo, a produção agrícola que pode provocar erosão e reduzir as proteções naturais contra inundações.

Os investigadores calcularam os desafios que mais de 340 milhões de pessoas podem enfrentar em 48 comunidades costeiras em todo o mundo e sinalizaram a foz dos rios Mississippi (nos Estados Unidos) e Reno (que corta vários países europeus) como potencialmente vulneráveis, afirmando que, em alguns casos, o risco pode ser multiplicado por quatro ou oito vezes.

O estudo afirma ainda que as obras de infraestrutura são essenciais para prevenir as inundações e recomenda que os países ricos façam "investimentos inteligentes já". “Habilidade econômica e decisões para aplicar soluções de engenharia serão fatores chave em determinar quão sustentáveis se tornarão a foz dos rios, a longo prazo”, afirma o estudo.

Em um editorial, também publicado no US Journal Science, os investigadores Stijn Temmerman, da Universidade de Antuérpia, e Matthew Kirwan, do Instituto de Ciência Marinha da Virgínia, afirmaram que as comunidades costeiras têm de planejar estratégias para diminuir os riscos de inundações, sugerindo que a opção "é restaurar sedimentos na foz dos rios".

Dados recentes estimam que até 2050, se o nível do mar continuar subindo no ritmo atual, as inundações serão mais frequentes e poderão custar mais de US$ 10 bilhões anuais, causando sérios danos em 136 grandes cidades costeiras do mundo.

Foto: Ilustração

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