Homem que deu cotovelada em mulher na frente de boate é condenado a 5 anos

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Bahia

19 de agosto de 2015 às 16h46

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Acusado de agredir uma mulher com uma cotovelada na frente de uma boate em agosto de 2014, em São Paulo, o comerciante Anderson Lúcio de Oliveira foi condenado a 5 anos de reclusão em regime semiaberto na noite de terça-feira (18). 

O julgamento, que começou por volta das 10h, só foi encerrado às 20h35.  Depois de mais de 10 horas, Oliveira foi considerado culpado por lesão corporal grave com agravante de crime contra a mulher; o ano de prisão que ele já cumpriu ser descontado. Sete jurados, sendo seis mulheres e um homem, decidiram o futuro do empresário, que respondeu pelo crime de tentativa de homicídio. 

A auxiliar de produção Fernanda Regina Cézar foi a primeira a ser ouvida pelo juiz Flávio Roberto de Carvalho, pelo promotor Washington Luiz Rodrigues Alves e pelo advogado de defesa Luiz Pires Moraes Neto. Ela afirmou que não se lembra do que falou para Anderson e que teria motivado a cotovelada. Ela também disse que não estava bêbada, que tinha tomado uma cerveja e duas taças de vinho. Também afirmou que não se lembra da pancada e que só soube o que aconteceu quando viu as imagens na TV.

Depois da vítima, dois bombeiros que atenderam a ocorrência foram ouvidos. Um deles afirmou que nenhuma testemunha que estava no local no momento indicou o motivo da queda, e que encontrou a vítima agitada e vomitando. Além dos bombeiros, também foram ouvidas seis testemunhas, entre elas a madrasta da vítima e a ex-mulher de Anderson.

Em depoimento ao júri, o réu negou que teve intenção de agredir a auxiliar de produção. "Nunca passou pela minha cabeça bater nela. Nada foi premeditado ali", afirmou. Segundo ele, a agressão foi motivada por provocações da vítima, que estaria alterada e xingando a mãe e o pai dele [que havia morrido alguns meses antes].

"Naquele momento, eu teria dado a cotovelada em qualquer um, até mesmo no senhor", disse o comerciante, dirigindo-se ao juiz. "Não pensava nem que ela iria cair. Me arrependi disso", afirmou o réu. Ele alegou também que não socorreu a vítima por não saber o que fazer na hora, e não conversou com os bombeiros por ter medo da reação das pessoa

Após o resultado do julgamento, o advogado de defesa de Anderson disse que a tese da defesa prevaleceu e classificou o júri como um milagre. Luiz Pires Moraes Neto afirmou que vai entrar com pedido de habeas corpus para que o acusado cumpra a pena em regime semiaberto em liberdade.

Bastante confusa, Fernanda disse que achou a decisão [desclassificação do crime para lesão corporal grave] correta. “Estou abalada e não sei direito o que pensar. Espero que ele viva a vida dele. Quero viver a minha e virar essa página”, diz. Já o advogado dela, Daniel Fernandes Gonçalves, defende a tese da tentativa de homicídio e diz que não está satisfeito com a decisão. Ele tem cinco dias para analisar o caso junto ao Ministério Público para ver se vai entrar com recurso.

Foto: Reprodução/Ibahia

 

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