Delatores da Lava Jato desfrutam de conforto e vivem até em mansões

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Política

17 de abril de 2017 às 10h19

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Muitos delatores vivem em imóveis com piscina e outros confortos - Foto: Reprodução | TV Globo

Beneficiados com prisão domiciliar, delatores da Operação Lava Jato vivem vidas de luxo. Alguns deles moram em condomínios com mansões avaliadas em até R$ 15 milhões, conforme revelou o programa Fantástico, da Rede Globo.

Esse é o caso do ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Primeiro delator da Lava Jato, Paulo Roberto cumpre pena em um condomínio de luxo em Petropólis. Segundo um corretor de imóveis, as casas no local são avaliadas entre R$ 1,7 milhão e R$ 15 milhões.

Ele divide as áreas comuns como piscina, quadra de tênis, saunas, academias com juízes, desembargadores e empresários. Paulo Roberto também é autorizado a deixar o condomínio para prestar serviço comunitário em uma escola municipal.

Paulo Roberto, que relatou esquema de partilha das diretorias da estatal entre PT, PMDB e PP e denunciou que havia percentuais fixos de propina para os partidos, foi condenado a 20 anos de prisão. Ele pagou multa de R$ 10.944.520,66 e devolveu R$ 78.188.562,90.

O ex-diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, também vive na serra fluminense. Ele cumpre prisão domiciliar em um condomínio de sítios com imóveis avaliados em R$ 2,5 milhões. Até o final do ano, ele não pode sair de casa. Ele foi condenado a 25 anos, pagou multa de R$ 11.425.000,00 e devolveu R$ 7.648.604,62.

O engenheiro e empresário Zwi Skornicki, que confessou pagar R$ 4 milhões em propina para o marqueteiro João Santana, foi condenado a 15 anos de prisão, mas após acordo de delação premiada vive em uma mansão na Barra da Tijuca. Ele também devolveu R$ 83.057.240,00, além de obras de arte.

Corpo e mente saudáveis

O ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado gravou conversas com políticos e fez o acordo de delação premiada. Ele recebeu pena de 20 anos, mas hoje vive em uma casa de luxo em Fortaleza, no Ceará. Ele também costuma frequentar academia e igreja.

Já Fernando Baiano, que era responsável por intermediar pagamento de propina entre diretores da Petrobras e políticos do PMDB, não pode sair de casa. Então, transformou a garagem do imóvel em um condomínio de luxo em uma academia. Segundo o Fantástico, ele costuma receber amigos para praticar exercícios e lutar.

A Procuradoria da República defende que a delação premiada é uma ferramenta importante para a investigação de crimes de colarinho branco, como o da Lava Jato, já que permite o abrandamento da pena de uma pessoa em troca de informações que levem a investigação de muitas outras.

A Lava Jato fez 158 acordos de delação premiada, que levaram a 269 denúncias e identificação de pagamento de propinas no total de R$ 6,4 bi. A Procuradoria da República também pede o ressarcimento de R$ 31,8 bilhões.

Reprodução/A tarde

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