29 são detidos e 6 ficam feridos em protestos após eleição em Paris

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Mundo

24 de abril de 2017 às 09h58

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Seis pessoas ficaram feridas, entre elas três policiais, em protestos organizados em Paris contra o resultado do primeiro turno das eleições presidenciais francesas, informou nesta segunda-feira (24) à agência Efe a polícia local. Além disso, 29 manifestantes foram detidos.

As praças da Bastilha e da República foram palco dos manifestos contra a passagem para o segundo turno da ultradireitista Marine Le Pen e do social liberal Emmanuel Macron.

O chamado para a manifestação foi feito por movimentos antifascistas e anticapitalistas, que pretendiam montar "barricadas" para mostrar sua rejeição a entrar no jogo dos políticos e sua vontade de construir "outro mundo".

O protesto foi convocado para as 18h (horário local, 13h em Brasília), duas horas antes do fechamento dos colégios eleitorais, e os distúrbios começaram quando as estimativas de voto apontavam para a vitória do ex-ministro de economia e da líder da Frente Nacional.

Macron e Le Pen venceram o primeiro turno, realizado no domingo (23). Ele obteve 23,75% dos votos e ela, 21,53%. François Fillon, dos republicanos, foi o terceiro colocado, com 19,94%, e o socialista Jean-Luc Mélenchon ficou com 19,62%.

Pela primeira vez em quase 60 anos, os dois grandes partidos tradicionais da esquerda e da direita que dominam a política francesa, o Socialista e o Republicano, ficaram de fora do segundo turno.

O segundo turno, que será realizado no próximo dia 7 de maio, permanece cercado de expectativa.

Isso porque o resultado pode levar ao enfraquecimento ou até mesmo ao fim da União Europeia e da zona do euro. Macron defende a permanência da França no bloco. Já Le Pen apoia o chamado Frexit -- a saída do país do mercado comum.

O tema teve destaque na campanha em meio à discussão sobre o Brexit, a saída do Reino Unido da UE. A crise migratória no continente também levanta debates sobre a proteção das fronteiras. A França, juntamente com a Alemanha, é um dos países fundadores da UE e chamada de "locomotiva" da construção do bloco.

Reprodução: G1

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