Nesta quinta-feira (18), nas colônias de pescadores de Arembepe (Z-14) e Itapuã (Z-6), cerca de 100 pescadores e marisqueiras foram orientados sobre quando ocorrem acidentes com animais marinhos. As palestras foram ministradas pelo especialista doutor Vidal Haddad Junior, autor da cartilha "História de Pescador: acidentes com animais marinhos". Ele é dermatologista, professor e pesquisador da Faculdade de Medicina da UNESP e responsável pelo projeto "Pescadores do Brasil".
Segundo o professor, a palestra para explicar a parte que não é hospitalar, especializada, e não precisa ser feita com orientação médica. "Trago o que se faz na hora. Esses acidentes são dolorosos, alguns até insuportáveis. Eu trago métodos sem necessidade de orientação médica para evitar infecção, ou tirar a dor com acidentes de peixe".
Entre os principais desafios para pescadores e marisqueiras estão o acidente por bagre marinho, cujos ferrões são serrilhados e de difícil extração e os acidentes provocados por arraias. Apesar de mais raras, são mais graves. A dor é violenta e as feridas na pele, mais comuns.
"Todo acidente por peixe venenoso deve ter o local atingido imerso em água quente, mas tolerável, por 30 a 90 minutos, pois o veneno dos peixes degenera no calor e a dor diminui. Existem complicações, como pedaços de ferrão nos ferimentos e infecções", explicou o especialista.
(BN) (AF)