Única oferta para compra do Hospital Espanhol é R$ 72 milhões

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Salvador

31 de maio de 2017 às 16h45

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Processo de oferta pública do hospital foi realizado nesta quarta (Foto: Divulgação/TRT5)Uma única proposta foi apresentada para compra do Hospital Espanhol, fechado desde 2014 por conta de uma crise, durante o processo de oferta pública ocorrido na manhã desta quarta-feira (31), em Salvador. A oferta, do Instituto de Gestão e Humanização (IGH), foi de R$ 123 milhões. A quantia é R$ 72 milhões menor do que a avaliação feita pelo Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT5), que foi de R$ 195 milhões. Segundo a proposta do IGH, dos R$ 123 milhões, R$ 70 milhões seriam para quitar dívidas trabalhistas em 77 parcelas mensais, e R$ 53 milhões para o Desenbahia. As dívidas trabalhistas da instituição giram, atualmente, em torno de R$ 150 milhões.

De acordo com o TRT5, a comissão que representa os credores do Hospital Espanhol rejeitou a proposta. Ainda segundo o TRT5, a comissão de credores tem até esta quinta-feira (1º) para apresentar por escrito aos juízes a motivação da recusa da proposta. Caso não homologada a proposta pelos juízes, o TRT5 realizará leilão do Hospital Espanhol no dia 7 de junho, conforme consta no edital de venda. A unidade de saúde já foi uma das mais tradicionais da rede particular da capital baiana, mas deixou de funcionar em 2014, gerando a demissão de mais de dis mil funcionários. A Justiça determinou a venda do Hospital Espanhol, em dezembro de 2016, para o pagamento das dívidas trabalhistas.

Caso

O Hospital Espanhol entrou em crise em 2013 e, em setembro de 2014, a diretoria anunciou a suspensão de todas as atividades. Pacientes que estavam internados tiveram que ser transferidos para outras unidades da cidade. Mais de dois mil funcionários foram demitidos.

Na época, o então governador da Bahia, Jaques Wagner, assinou um decreto que declarou os imóveis pertencentes à Real Sociedade Espanhola de Beneficência, que administra o Hospital Espanhol, bens de utilidade pública, para impedir a venda da unidade. A medida foi adotada após especulações de que a estrutura onde funcionava o hospital entraria para rede hoteleira por conta da crise.

A Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) fixou avisos de vistoria em todos os setores da unidade de saúde, para garantir a manutenção do patrimônio, já que, como o hospital foi declarado de utilidade pública, não pode ser usado para outra finalidade.

Desde 2013, em meio ao período de dificuldades financeiras, o atendimento no setor de emergência da unidade de saúde vinha sendo suspenso frequentemente. Além disso, médicos e outros funcionários do hospital também paralisaram as atividades várias vezes, por atraso no pagamento de salários.

Reprodução: G1 - Bahia

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