Jovem é internado após ser picado por cobra em 'rave' que teve morte de turista e sumiço de rapaz

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Bahia

08 de junho de 2017 às 07h02

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Festa foi realizada em Vila de Abrantes, região metropolitana de Salvador (Foto: Arquivo Pessoal)

Um jovem foi internado após ser picado por uma cobra enquanto participava da festa eletrônica Aurora, realizada em um sítio particular em Camaçari, na região metropolitana de Salvador. No mesmo evento, um turista de São Paulo morreu após passar mal e um jovem de 22 anos desapareceu após sofrer um surto e sair correndo para o meio de uma mata.

A mãe do rapaz picado pela cobra durante a festa disse, sem se identificar, que ele chegou a ser atendido em uma ambulância da festa, mas que foi liberado logo depois. Para ela, houve negligência por parte dos socorristas do evento.

"Disse assim: 'olhe, isso aí é mordida de formiga. Pode curtir sua festa que não vai ser nada, não'. Aí, depois de uns trinta minutos, mais ou menos, ele [o filho] disse que começou a pesar o pé, a inchar, a incomodar muito de dor. Ele voltou até a ambulância e disse: 'gente, eu estou me sentido mal. Eu não estou mais conseguindo ficar na festa'. Aí informaram para ele: 'você quer tomar um corticóide? A gente vai aplicar um corticóide em você e você relaxa aí até mais tarde. Depois você vai para casa e toma um remédio, um antialérgico'", destacou a mãe.

O organizador da festa Danilo Nazca Barreto diz que a festa estava legalizada e que lamenta pelos ocorridos. "A gente sente muito pelo que aconteceu, porque a gente produz o evento durante quatro meses. Nós investimos muito para que o evento seja um evento seguro para todo mundo que está lá dentro, do começo ao fim do evento. Pensamos nos detalhes. A festa está legalizada como ela foi legalizada desde o começo. De 11 anos atrás até hoje, todos os nossos eventos tiveram o alvará de liberação", destacou.

Procurada pelo G1 na terça-feira, a Prefeitura de Camaçari informou, por meio de nota, que "Os organizadores da festa não pediram qualquer autorização à Secretaria de Serviços Públicos da Prefeitura de Camaçari para realizar o evento por ter sido organizado em condomínio privado". Danilo, no entanto, disse que existe um alvará da prefeitura expedido pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (Sedur). O Corpo de Bombeiros informou que o quartel responsável pela região onde a festa ocorreu não foi notificado da realização do evento.

O organizador da festa assegurou, ainda, ter prestado socorro ao turista que morreu após passar mal no evento, que aconteceu no último final de semana, no distrito de Vila de Abrantes. A vítima faleceu no domingo (4), no Hospital Geral Menandro de Farias, em decorrência de uma parada respiratória.

De acordo com Danilo, o turista foi atendido por um médico e duas enfermeiras, antes de ser levado para o hospital com a ambulância do evento. "Ele saiu com um médico e duas enfermeiras, socorristas. Um dos socorristas me falou que ele teve parada cardíaca e foi usado o desfibrilador aqui dentro. A partir daí ele deu um recuperada, voltou os sinais vitais e saiu com coração pulsando bem devagar. Quando chegou lá [no hospital], o médico disse que teve hemorragia da pleura", explicou.

A delegada titular de Abrantes, Maria Daniele Monteiro, responsável pelas investigações, confirma a versão de Danilo. "Foi passado para nós que ele chegou ao hospital levado por uma ambulância particular. Pelo depoimento do produtor, acreditamos que realmente tenha sido a ambulância do evento", disse ela ao G1.

O produtor se apresentou espontaneamente à delegacia na terça (6), onde prestou depoimento para dar esclarecimentos sobre o caso. Danilo disse ainda que, além da equipe encarregada de prestar socorro, o evento contou também com um grupo de seguranças.

Reprodução/G1

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