Presidente da Alerj diz que solução para o RJ é intervenção federal ou impeachment do governador

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Brasil

22 de junho de 2017 às 14h33

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Governador Luiz Fernando Pezão durante sessão em 2015 na Alerj, observado pelo presidente da Casa, Jorge Picciani (Foto: Rafael Wallace / Alerj / Divulgação)

O presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, deputado Jorge Picciani, disse em entrevista à rádio CBN, na manhã desta quinta-feira (21), que a solução para o estado é uma intervenção do governo federal ou o impeachment do governador Luiz Fernando Pezão.

“Aprovamos muito mais na Previdência do que eles (governo federal) pediram. Aprovamos a Cedae. Aprovamos em cima dos incentivos fiscais o pagamento de 10% do Fundo de Equilíbrio Fiscal. Aprovamos o aumento do ITB. Aprovamos o aumento do IPVA, o aumento da energia elétrica, da cerveja e do fumo. Se nada disso for suficiente para ter respeito pelo Rio de Janeiro, só vai restar ao governo Temer ter a coragem de fazer a intervenção, porque o Rio não pode ficar nesse descontrole na área da Segurança e da Saúde, ou nós vamos fazer o impedimento”, afirmou o presidente da Alerj.

Ao apresentador Edmilson Ávila, o governador Luiz Fernando Pezão disse, através de mensagem, que não vai comentar as declarações de Picciani: "Não vou comentar a opinião dele, é um presidente de um poder e eu respeito. Estou dedicado a fechar um último ponto que falta para fechar o maior acordo de um ajuste na União, e falta muito pouco", diz a mensagem.

Procurada pelo G1, a assessoria de imprensa do Palácio Guanabara disse que não vai se manifestar a respeito das declarações do presidente da Alerj. Por volta das 13h, Pezão estava reunido com representantes do Movimento Unificado dos Servidores do Estado (Muspe), mas deixou a reunião sem falar com a imprensa. O deputado Edson Albertassi, líder do governo na Alerj, estava presente na reunião, mas também não falou sobre o assunto.

Segundo Picciani há uma constatação de que o governador se elegeu com um "equívoco", que seria uma "fraude eleitoral" por causa do aumento da folha de pagamento em 2014.

“Há uma constatação de uma pessoa que se elegeu, e elegeu pelo meu partido com um apoio de muitos companheiros no estado todo, e da população, mas se elegeu com um equívoco que eu estava na Assembleia não percebi. Foi aquele aumento, quase que uma fraude eleitoral, dado em 14 (2014), onde chegou-se a aumentar a folha de pagamento em 70%, e esqueceu que você tem na Constituição de 88 a isonomia para aposentados e pensionistas. Depois, veio a crise do petróleo, veio a queda da arrecadação e, desde o início, eu alertei ele de que era preciso cortar despesas, era preciso ter austeridade”, disse Picciani.

Picciani chegou a arquivar oito pedidos de impeachment contra o governador do Rio de janeiro, no fim de maio, mas, de acordo com ele, a decisão foi tomada por que não havia provas de cometimento de crime de responsabilidade.

“Não havia objeto naquele momento. O crime de responsabilidade está, agora, textualizado em dois documentos. O primeiro na rejeição das contas de 2016 do parecer prévio do TCE-RJ por unanimidade, que aponta indícios de crime de responsabilidade por descumprir dispositivos constitucionais. O outro que eu cito é o não repasse nas datas aos poderes, mas só agora eu tenho isso escrito”, explicou Picciani.

O presidente da Alerj disse ainda que o governo de Pezão é “despreparado” e "incompetente". Na entrevista o presidente da Alerj afirma que "no governo do estado falta tudo" e que Pezão estava preparado apenas para governar Barra do Piraí, e não estava preparado para defender o estado dentro da federação brasileira.

“É um governo muito despreparado, começa pelo governador, e avança muito. Fiz um ofício a ele no outro dia solicitando que ele me informasse sobre aquilo que o governador em exercício, Dornelle, foi à Alerj e prometeu auditar os 100 maiores contratos de prestadores de serviço. Nós estamos vendo aí o caos que foi esses últimos anos. O governador quando é incompetente, quando não sabe argumentar, como não tem força política, quem pode ajudar a resolver isso é o presidente da Câmara, o deputado Rodrigo Maia, e a bancada federal”, acrescentou.

Reprodução/G1

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