Temer ‘tem em mente’ fazer com que ministros com mandato voltem à Câmara para votação, diz Imbassahy

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Política

31 de julho de 2017 às 16h04

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Ministro Antônio Imbassahy participou de assinatura de contrato para BRT, em Salvador (Foto: Henrique Mendes / G1)

O ministro de Secretaria de Governo, Antônio Imbassahy, afirmou na manhã desta segunda-feira (31), em Salvador, que os ministros que têm mandato na Câmara dos Deputados devem retomar as cadeiras para votar contra o prosseguimento da denúncia da Procuradoria Geral da República contra o presidente Michel Temer por corrupção passiva.

“O presidente tem em mente essa possibilidade concreta de fazer com que os ministros que tenham mandato, junto à Câmara dos Deputados, possam estar presente na votação”.

A declaração do ministro baiano foi dada durante um evento em que o governo federal viabilizou uma verba de R$ 300 milhões para a Prefeitura de Salvador, para implantação da segunda etapa do Bus Rapid Transit (BRT).

No dia 27 de julho, a informação de que os ministros com mandato voltariam ao Congresso foi antecipada pela coluna de Gerson Camarotti, do G1.

São deputados licenciados os seguintes ministros: Antônio Imbassahy, do PSDB (Secretaria de Governo); Bruno Araújo, do PSDB (Cidades); Maurício Quintella, do PR (Transportes); Osmar Terra, do PMDB (Desenvolvimento Social); Leonardo Picciani, do PMDB (Esporte); Raul Jungmann, do PPS (Defesa); Mendonça Filho, do DEM (Educação); Ronaldo Nogueira, do PTB (Trabalho e Emprego); Ricardo Barros, do PP (Saúde); Fernando Coelho Filho, do PSB (Minas e Energia); Sarney Filho, do PV (Meio Ambiente); e Marx Beltrão, do PMDB (Turismo).

Além do retorno dos ministros ao Congresso, Imbassahy criticou a denúncia contra o presidente Michel Temer. “A denúncia dentro da CCJ [Comissão de Constituição e Justiça], que é o órgão específico que trabalha com a admissibilidade, já foi considerada frágil. Uma denúncia, praticamente, vazia. Resta agora as oposições, se tiverem quórum, 342 deputados, que aparentemente não têm, modificar essa posição da CCJ. Então, a nossa posição é de muita tranquilidade”. No dia 13 de julho, a CCJ rejeitou o parecer que recomendava continuidade da denúncia contra Temer.

'Governar sem os tucanos'

No mesmo evento, em Salvador, o ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), comentou a declaração do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, dada ao jornal "Folha de S. Paulo", de que é “perfeitamente possível governar sem os tucanos”.

“Acho que todo o governo procura governar com o maior número de aliados. Não só o PSDB, como o número maior de partidos na base, tem ajudado a levar ao governo as principais reformas que o país tem feito e avançado no último ano. Um volume de reformas como poucas vezes vimos em um ano de mandato. E, seguramente, a soma de forças dos mais diversos partidos políticos é que ajuda a operar as mudanças que o país precisa”.

Araújo defende que o PDSB deve ficar no governo do presidente Michel Temer até o final. “Acredito que sim. Há uma mobilização forte neste sentido e, obviamente, essa decisão vai ter que ser tomada pelo partido no momento apropriado. Mas os indícios é que sim. Há uma compreensão de que o país precisa fazer uma transição para a próxima eleição presidencial com estabilidade e com serenidade. É o que parte do partido que defende isso almeja”.

Reprodução/G1

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