Wagner diz esperar que Temer ‘não se curve à mesquinharia’ de Neto

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Política

07 de agosto de 2017 às 15h06

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Foto: Rodrigo Aguiar/ bahia.ba

Após a polêmica sobre a exoneração de secretários estaduais para votar a denúncia contra Michel Temer (PMDB) na Câmara, a fim de viabilizar um empréstimo da União para o Bahia, o titular de Desenvolvimento Econômico, Jaques Wagner, disse esperar que o presidente não ceda à disputa eleitoral promovida pelo prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), virtual adversário do governador Rui Costa (PT), em 2018.

“Espero que Michel não se curve à mesquinharia local, que é a tentativa de atrapalhar um governo. Nós nunca trabalhamos assim. Os adversários ficam preocupados e por isso preferem que a gente não realize”, afirmou o petista, em entrevista ao bahia.ba, nesta segunda-feira (7), durante a vistoria às obras de quatro novas estações do metrô na Avenida Paralela.

Embora afirme que “não cabe” a ele fazer a interlocução para viabilizar a chegada dos recursos, o ex-ministro se colocou à disposição para tentar destravar o processo. “O governador está e sempre esteve aberto a conversar, e ele tem seus interlocutores, deputados e senadores. Eu posso ir também, se for o caso. Estou pronto para qualquer tarefa”, disse.

Wagner não admitiu que fazia parte da estratégia do governo impedir que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), amigo pessoal de Neto, assumisse o Palácio do Planalto. Ele negou ter sentido “alívio” com o arquivamento da denúncia. “Temer ou Maia, é seis por meia dúzia, porque os dois têm a mesma doença: Falta de legitimidade”, declarou.

No entanto, o secretário reconhece que uma nova troca de governo não seria positiva para o Brasil. “Não terá nenhuma solução da política boa para o país, na minha visão, antes de 2018. É um erro em cima do outro. […] A legislação brasileira é muito ruim nesse aspecto, porque permite um tira e bota de presidente, que não é uma coisa boa para o país”, avaliou.

Ainda sobre Neto, Jaques Wagner concordou com a ação aberta pelos deputados federais Robinson Almeida e Afonso Florence, que acusam o prefeito de campanha antecipada. Embora diga que espera o posicionamento do Ministério Público, o petista acusou o democrata de usar o Palácio Thomé de Souza com fins eleitorais.

“Na verdade, desde o tempo em que eu trabalhava no governo federal, sempre foi recomendado que você não usasse o seu horário de trabalho para fazer política. Então, o fato de você receber prefeitos, dentro do seu próprio gabinete, é duplamente errado. Na residência pode, mas evidentemente que ele está usando a estrutura da prefeitura para fazer política. Como ele não tem serviço no interior, as visitas dele devem ser fora do horário de trabalho”, apontou.

Reprodução/Bahia.ba

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