Fechamento de Hospitais Psiquiátricos na Bahia é uma catástrofe, diz Coronel

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Bahia

17 de agosto de 2017 às 17h45

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O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), deputado Angelo Coronel (PSD), durante audiência pública da Frente Parlamentar em Defesa da Saúde, confessou estar atônito e injuriado ao saber sobre o fechamento de hospitais psiquiátricos na Bahia. Coronel garantiu que vai apurar quem é o responsável por essa situação, a qual classificou como uma "catástrofe". Chefe do legislativo afirmou que, “quem planejou isso não tem ideia do que passa uma família que tem um doente mental”. Angelo Coronel fez um pronunciamento breve, direto e duro, ressaltando que vai lutar com as famílias dos pacientes, deputados e toda a sociedade para evitar na Bahia o fim dos hospitais psiquiátricos Mário Leal, Juliano Moreira e Afrânio Peixoto.

No ano passado, só no Hospital Juliano Moreira, mais de 5,5 mil pessoas foram atendidas na emergência e 997 pacientes internados na instituição médica, referência em psiquiatria em todo o país. A farmacêutica Solange Oliveira, que trabalha há 28 anos na instituição, considera que é um erro se fechar o hospital psiquiátrico para que o paciente (caso precise de atendimento) procure um hospital da rede.

“Um paciente em surto não pode esperar regulação, precisa de uma equipe técnica especializada e de vigilância”, assegurou a farmacêutica.

A médica psiquiátrica Sandra Pau, diretora da Federação Nacional das Associações em Defesa da Saúde Mental (FENAEMD-SM), diz que “fechando um hospital o governo tira do paciente a oportunidade de ter um atendimento especializado, o que é impossível de ser realizado por uma UPA, por exemplo. Quem receber esse paciente não vai saber lidar com um surto psicótico, uma motivação suicida ou os efeitos colaterais de uma medicação”, acrescentou Sandra. Já a presidente da Associação de apoio aos Familiares e Amigos de Pessoas Portadoras de Transtornos Mentais (AFATM-BA), Rejane dos Santos, afirmou que se os Hospitais forem fechados, 60 mil pessoas ficarão desassistidas pela emergência psiquiátrica. “Estamos apavorados com essa situação”, finalizou Rejane preocupada com o futuro incerto de tantos pacientes e famílias

Fonte: Assessoria de Comunicação da Presidência 

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