Padrasto confessa ter matado acidentalmente criança em Barra do Pojuca

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Bahia

23 de agosto de 2017 às 18h30

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Chales de Jesus vai responder por homicídio culposo, quando não há intenção de matar - Foto: Euzeni Daltro | Ag. A TARDEO garçom Charle de Jesus Santos, 27 anos, foi indiciado por homicídio culposo [quando não há intenção de matar] pela morte  do enteando Guilherme Santos da Silva, 9. Em depoimento à polícia, o padrasto confessou, nesta quarta-feira, 23, que manuseava uma espingarda de caça, quando a arma disparou e atingiu o menino na cabeça. O caso ocorreu no final da tarde de terça, 22, dentro de uma casa localizada em um sítio na rua Joia do Rio 1, na Estrada da Tiririca, no Loteamento Som das Águas, em Barra do Pojuca, localizado no município de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Inicialmente, Charle disse à família e à polícia ter visto um homem correr pela propriedade com uma arma na mão logo após ouvir um disparo de arma de fogo e, ao entrar no imóvel, encontrou o menino baleado.

“Nós deduzimos pela investigação que havia sido Charle e o prendemos. Foi aí que ele confessou”, afirmou a  delegada Aymara Bandeira Vaccani, titular da 33ª DT (Monte Gordo). “Foi um acidente. Ele pegou a espingarda embaixo da cama por curiosidade e a arma disparou”, completou ela.

Charle e Guilherme foram ao sítio buscar uma jaca. Eles eram amigos do caseiro da propriedade, um homem conhecido por Neném, e costumavam buscar frutas lá.

“Charle disse que, quando eles chegaram ao sítio, chamaram por Neném, mas ele não respondeu. Então Guilherme entrou na casa para dar um susto no caseiro. Ele disse que depois ouviu um estrondo e, quando entrou na casa, o menino estava caído no chão”, afirmou o Luiz Giffoni, 38, tio do garoto.

Segundo o tio, Charle não queria levar Guilherme ao sítio, mas o menino insistiu tanto que ele acabou por mudar de ideia. O garoto tinha apenas 3 anos de idade, quando Charle e a mãe dele ficaram juntos. Durante os seis anos de convivência, o padastro e o garoto sempre se deram bem, conforme o tio.

“Eles tinham uma relação boa, eram amigos. O menino era muito apegado a ele e ao menino. Eles faziam muitas coisas juntos. Para todo lugar que ia, o padastro levava Guilheme”, afirmou Luiz Giffoni. “A gente só quer Justiça. Se ele cometeu esse crime, ele tem que pagar”, completou o tio.

Protesto

Antes da prisão de Charle, estudantes do Colégio Estadual de Barra do Pojuca e outros moradores fizeram uma passeata pelas ruas do distrito para pedir por justiça.?

Reprodução: A Tarde

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