MP pede afastamento de Eurico Miranda da presidência do Vasco

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Esporte

14 de setembro de 2017 às 08h36

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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro pediu o afastamento de Eurico Miranda da presidência do Vasco da Gama. Ele é acusado pelos promotores de acobertar torcidas organizadas que promovem a violência nos estádios. O Bom Dia Brasil teve acesso, com exclusividade, à denúncia apresentada ao Juizado do Torcedor.

A ação do Ministério Público Estadual pede a destituição definitiva do presidente Eurico Miranda, dos vice-presidentes e da diretoria do Vasco, além de multa de R$ 500. O MPRJ baseou-se em relatórios do Grupamento Especial de Estádios da PM, sobre a confusão no fim do jogo entre Flamengo e Vasco, no dia 8 de julho, em São Januário.

Inconformados com a derrota, torcedores vascaínos jogaram bombas e objetos nos jogadores do flamengo e nos policiais militares e ainda tentaram invadir o gramado. A polícia reagiu, jogando gás de pimenta, mas isso acabou afetando também os torcedores que não estavam envolvidos no tumulto, principalmente aqueles que estavam com filhos e mulheres.

Alguns torcedores deles tiveram que escalar as cabines da imprensa para escapar da selvageria. O conflito continuou do lado de fora do estádio e acabou em tragédia, com a morte do torcedor David Rocha Lopes, baleado no peito. Na época, o presidente do Vasco, Eurico Miranda, disse que a confusão foi provocada por grupos de oposição política à atual diretoria. O estádio de São Januário foi interditado por seis meses, mas o clube conseguiu, na Justiça, a liberação e jogou sem torcida contra o Grêmio, no último dia 9.

Na ação civil pública, os promotores afirmam que o Vasco da Gama descumpre artigos do estatuto do torcedor, sobre a prevenção da violência nos esportes. Segundo o Ministério Público, a insegurança durante jogos é estimulada pela prática do clube em apoiar e incentivar a torcida organizada força jovem, atualmente punida com ordem de afastamento de qualquer arena esportiva por conta de episódios de violência.

Segundo o documento, a contratação pelo clube de integrantes da Força Jovem compromete a ação da polícia na segurança dos estádios, facilitando a entrada de instrumentos e objetos que jamais passariam por revistas. Como exemplos, o MP cita Sidnei da Silva Andrade, o Tindô, que foi contratado como segurança particular. Fotos anexadas ao processo mostram Tindô trabalhando em São Januário com colete e crachá. Mesma função de Rodrigo Granja dos Santos, o Batata, também da força jovem vascaína e contratado pelo clube.

Fonte: G1 (FA)

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