Pai de sertanejo preso em ação conta falsificação de cigarros usava empresa de produções artísticas para lavar dinheiro

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Brasil

20 de setembro de 2017 às 15h37

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O pai do cantor sertanejo Rafael Francisco Frare de Siqueira, de 25 anos, da dupla Fábio e Rafael, usava uma empresa de produções artísticas da qual é sócio para lavar dinheiro arrecadado com falsificação de cigarros, segundo o delegado Renato Figueroa.
A empresa, que fica em Londrina, no norte do Paraná, ainda conforme o delegado, agenciava a carreira dos cantores.

"Nós apuramos, em um ano de investigações, que a empresa não se sustentava só com os shows da dupla sertaneja. O dinheiro que abastece a empresa foi arrecadado por meio dos cigarros falsificados", acrescentou.

Rafael e o pai, Clodoaldo José de Siqueira, foram presos na manhã desta quarta-feira (20), pela Polícia Civil, em uma operação contra falsificação de cigarros. Além deles, mais 11 pessoas foram detidas. Até a publicação desta reportagem, a polícia ainda procurava três foragidos.

Rafael foi preso em um condomínio de luxo em Londrina.

"Clodoaldo, ex-morador de Londrina, é o líder de uma grande organização criminosa que funciona da seguinte forma: eles possuem gráficas em São Paulo, onde são confeccionados papeis e plásticos usados para montagem dos maços de cigarros. Em Minas Gerais, eles montaram duas fábricas clandestinas, onde falsificam cigarros paraguaios, na grande maioria, e distribuem, posteriormente, para todo país", explicou.

Uma das fábricas tinha capacidade para produzir até 100 mil maços de cigarro por ano. Segundo a Receita Federal, a sonegação de impostos chega a R$ 90 milhões.

Ainda de acordo com o delegado, a lavagem do dinheiro arrecadado na falsificação dos cigarros era toda feita em Londrina, cidade sede da empresa de produções artísticas.

Durante as investigações, não houve indícios da participação de Fábio, o outro cantor da dupla sertaneja, no esquema criminoso, segundo Figueroa.

As investigações continuam. "Agora, vamos analisar todo o material apreendido. O objetivo é revelar outros imóveis e outras contas bancárias usadas pela quadrilha", reforça o delegado.

Fonte: G1 (FA)

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