Já são mais de 17 dias de greve dos Correios. De acordo com o diretor de comunicação do Sincotelba, André Aguiar, hoje, ás 16 horas, o sindicato vai se reunir na praça da Inglaterra para discutir as propostas. ''Na quarta feira (04), o ministro ofereceu uma proposta e a empresa já aprovou. A federação está analisando as cláusulas e provavelmente estaremos colocando, nesta sexta (06), esse acordo em pauta na assembleia para decidir se vamos terminar ou não a greve. Caso termine, na segunda feira (09), voltaremos a atividade'', explica o diretor.
'' Desde o dia 27 de julho, entregamos uma pauta de reivindicações para empresa, onde pedíamos o aumento de 8% e a manutenção dos nossos benefícios. Infelizmente não quiseram negociar e decretamos a greve. O Supremo Tribunal Federal, fez uma proposta de conciliação, onde daria 2% de aumento e a manutenção das cláusulas sociais. No acordo também está a compensação de oito dias ou 64 horas pela categoria e os restantes dos dias serão cobrados do trabalhador. Nossos advogados estão analisando essa proposta'', conta André.
Para ele a luta é sempre em favor do funcionário. ''O que o trabalhador ganha é a manutenção dos nossos acordos coletivos. A nossa luta não foi pelo aumento, mas sim pelas melhorias dos nossos benefícios. Principalmente do plano de saúde que a empresa está querendo cobrar da gente em média 30% do salário do trabalhador'', diz o diretor.
Um dos pontos abordados é sobre a melhoria nas condições de trabalho. ''A luta é pra manter os Correios público e de qualidade, para que nós tenhamos condições de trabalho e contratação, porque os Correios está necessitando de mão de obra. Queremos também a manutenção dos bancos postais. Não pode fechar, isso vai prejudicar muita gente, inclusive os moradores do interior'', afirma André.
Com as informações do repórter Fabrício Cunha (FA)