Argentina espera um milagre de Messi no Equador para garantir vaga no Mundial

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Esporte

10 de outubro de 2017 às 13h54

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Crédito: AFP

Depois de fazer a menor quantidade de pontos de sua história nas Eliminatórias Sul-Americanas, ser dirigida por três treinadores diferentes e utilizar cerca de 40 jogadores, a Argentina joga nesta terça-feira por um milagre – provavelmente de Lionel Messi – para conseguir ir à Copa do Mundo de 2018, que será na Rússia, na última rodada.

Para não ficar fora do Mundial pela primeira vez desde 1970, a Argentina só depende de si, mas a tarefa é difícil. Precisa vencer o Equador, já eliminado, na altitude de 2.850 metros de Quito. Se fizer isso, garante pelo menos uma vaga na repescagem contra a Nova Zelândia.

Existem chances de conseguir a vaga diretamente. Se Peru e Colômbia empatarem em Lima, a Argentina se classifica com uma vitória simples. Se os peruanos vencerem, os argentinos devem ganhar por um gol a mais para ir direto. Também entrará com uma derrota do Chile contra o Brasil, em São Paulo.

O clima, em Buenos Aires, é de desconfiança. Embora a seleção tenha conquistado dois títulos e dois vices desde 1970, os torcedores estão escaldados com a campanha sofrível nesta edição. O time não vence há quatro jogos e fez apenas um gol – contra, por sinal. Na última partida, empatou com o Peru por 0 a 0 em casa. Em 17 jogos, a Argentina anotou 16 gols – é o segundo pior ataque. Foram três técnicos na competição: Gerardo Martino (seis partidas), Edgardo Bauza (oito) e Jorge Sampaoli (três).

A crise na seleção é um desdobramento da falência do Campeonato Argentino. Os jogadores até fizeram greve na última temporada por falta de salários, uma consequência direta do fim do programa estatal “Futebol para todos”, que comprava e redistribuía os direitos de transmissão do futebol.

Todas as fichas estão obviamente em Messi. Considerado o melhor jogador pelos argentinos embora o prêmio atual pertença ao português Cristiano Ronaldo, o jogador do Barcelona é a referência absoluta da equipe. Em oito jogos sem ele, a Argentina conquistou apenas sete pontos e perdeu em casa para Equador e Paraguai.

Di María virou dúvida na equipe e pode dar lugar a Papu Gómez ou Dybala. “Ele (Messi) é o único que ainda pode nos salvar”, disse o ex-técnico César Luis Menotti, campeão em 1978, ao canal TyC Sports. “Hoje o futebol argentino é o ‘faz-me rir’ do mundo”, criticou.

O único confiante é o técnico Jorge Sampaoli. “O time está bravo, mas pensando que, se vencer o Equador, pode se classificar. Há uma convicção. Vamos continuar lutando”, garantiu.

OUTROS JOGOS – Depois do Brasil, que já está classificado, o Uruguai é a equipe com a situação mais confortável para ir ao Mundial. O time de Luis Suárez e Cavani só precisa de um empate diante da Bolívia, em Montevidéu, para garantir a vaga. Por ter saldo de 10 gols, é possível comemorar até com uma derrota, já que Peru e Argentina (quinto e sexto colocados, com 25 pontos) têm saldo de gols baixo.

As últimas passagens diretas e o bilhete de repescagem serão disputadas por Chile, Colômbia, Peru, Argentina e Paraguai. Apenas Equador, Bolívia e Venezuela estão eliminados. Todos os jogos, portanto, terão emoção.

Em Lima, o Peru quer voltar ao Mundial depois de 36 anos e encara a Colômbia. Para isso, garante a vaga se vencer e o Chile não ganhar do Brasil. A Colômbia avança se vencer ou mesmo se empatar. Para isso, conta com derrota de Chile ou Argentina e que o Paraguai não goleie a Venezuela por mais de sete gols.

O Paraguai só volta ao Mundial de maneira direta se vencer a Venezuela, em Assunção, o Chile perder e a Argentina não vencer em Quito. Para repescagem, precisa de apenas um destes resultados.

Estadão Conteúdo

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