Os ministros do TCU, o iate e a mansão de Joesley

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21 de outubro de 2017 às 06h15

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Em meados do ano passado, a Lava Jato já havia deflagrado três dezenas de operações. As empresas do grupo J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, ainda não haviam caído na teia, mas já eram alvo de investigações que apuravam suspeitas de pagamento de propina para obter financiamentos no BNDES e na Caixa Econômica Federal.

Na época, longe de Brasília, no píer de uma mansão em Mangaratiba, no Rio de Janeiro, uma pequena lancha aportou para apanhar um grupo que havia chegado para um fim de semana de lazer.

Todos a bordo, a embarcação rumou mar adentro, até encontrar o iate Why Not. Para os ministros Vital do Rêgo e Bruno Dantas, ambos do Tribunal de Contas da União (TCU), era o começo de um animado dia de mordomias, com boa comida, champanhe e vinho da melhor qualidade, tudo diante de uma paisagem deslumbrante.

Joesley já confessou ter habilidades especiais para corromper. Quando não pagava propina para atingir seus objetivos, usava outras artimanhas para capturar a simpatia de figuras importantes do poder.

Não foi por outra razão que o empresário convidou os ministros para o passeio no sábado 11 de junho de 2016, quando o TCU já analisava os empréstimos suspeitos dos Batista. Combinar o encontro com Bruno Dantas e Vital do Rêgo foi relativamente fácil. O empresário ficara sabendo que os dois estavam no Rio, onde haviam participado, na véspera, de um seminário. O convite foi feito — e aceito.

No iate de 10 milhões de dólares, o grupo foi recebido pelo próprio Joesley. Antes de eles se reunirem em torno de uma mesa de queijos, o dono da JBS, hoje preso, apresentou a embarcação, de 30 metros de comprimento, três andares, quatro quartos (incluindo uma suíte de 20 metros quadrados), cozinha, sala de estar e um amplo deque com jacuzzi.

DF - CPI/PETROBRAS/JOS¿ CARLOS COSENZA - POLÕTICA - O presidente da CPI mista da Petrobras, senador Vital do RÍgo (PMDB-PB), durante depoimento do atual diretor de Abastecimento da Petrobras, JosÈ Carlos Cosenza, ¿ CPI, nas comiss¿es do Senado Federal, em BrasÌlia, nesta quarta-feira. Cosenza afirmou que conversou com o ex-titular do cargo Paulo Roberto Costa por cinco vezes depois que Costa deixou a estatal, em 2012. Ele disse ter se reunido duas vezes com o ex-diretor e falado ao telefone em outras trÍs ocasi¿es. 29/10/2014 - Foto: ANDR¿ DUSEK/ESTAD¿O CONTE¿DO

Delatado – O ministro Vital do Rêgo e sua esposa: voto a favor da continuidade do processo contra a JBS

 

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