Segundo dia do júri de Kátia Vargas será realizado nesta quarta-feira, em Salvador, e terá depoimento da médica

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Salvador

06 de dezembro de 2017 às 08h04

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A juíza Gelzi Maria Souza, que é titular do 1º Juízo da 1ª Vara do Tribunal do Júri, afirmou que pela complexidade e repercussão do processo, que tem mais de três mil páginas, o júri popular deve ter uma duração de dois dias. (Foto: Danutta Rodrigues/G1)

Iniciado na manhã de terça-feira (5), no Fórum Ruy Barbosa, bairro de Nazaré, em Salvador, o júri popular da Médica Kátia Vargas, acusada de ter provocado o acidente que matou os irmãos Emanuele e Emanuel Gomes Dias, de 22 e 23 anos, em 2013, está previsto para ser retomado às 8h desta quarta-feira (6), com o interrogatório da acusada.

O julgamento começou por volta das 9h30 de terça, com mais de uma hora de atraso, iniciando com o sorteio dos 7 jurados que compõem o júri popular. Logo depois, começaram a ser ouvidas as testemunhas de acusação. Foram ouvidas cinco testemunhas de acusação e cinco de defesa.

A médica Kátia Vargas permaneceu de cabeça baixa quase todo o tempo que durou a sessão e chegou a chorar algumas vezes.
Um momento de consternação foi registrado durante a exibição das fotos do acidente. Emocionada, a mãe das vítimas, Marinúbia Gomes, saiu do salão do júri no momento em que as imagens eram mostradas. Já a médica Kátia Vargas saiu do salão antes mesmo da exibição das fotos, às 12h16, e não retornou mais ao local antes do intervalo para o almoço. Anteriormente, ela ficou sentada em frente à bancada da defesa, do lado direito do tribunal.

O primeiro dia do júri foi suspenso por volta das 19h47 de terça, após mais de dez horas de sessão.

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Testemunhas

No período da manhã, foram ouvidas três testemunhas de acusação e, às 12h59, a juíza determinou um intervalo para almoço de 40 minutos. Às 14h35, a sessão foi reiniciada com depoimentos de outras duas testemunhas de acusação. Posteriomente, cinco testemunhas de defesa foram ouvidas.

As testemunhas de acusação contaram que presenciaram uma discussão entre os irmãos na moto e a médica no carro, e que pareceu que uma pessoa na motocicleta deu um tapa no carro, como se reclamasse de algo. Alguns depoimentos da acusação relataram ainda que o carro da médica estava am alta velocidade e que o veículo atingiu a moto ocupada pelas vítimas.

A primeira testemunha de defesa, um perito particular contratado pela família da médica, disse à promotoria que tem convicção de que não houve batida entre o carro e moto. Os outros depoimentos foram feitos por amigos de longa data da médica, que destacaram a natureza pacífica dela. Segundo os relatos, a médica nunca demonstrou nenhum comportamento agressivo.

 Emanuel e Emanuelle Dias morreram em outubro de 2013 (Foto: Reprodução/TV Bahia)

Passo a passo do julgamento:

Sorteio: São sorteados sete nomes dentre os 25 jurados na sessão (procedimento realizado na última terça);

Juramento: Jurados sorteados fazem juramento de incomunicabilidade (procedimento realizado na última terça);

Fase de instrução: São ouvidas testemunhas de acusação e defesa - 5 de cada lado (procedimento realizado na última terça);

Interrogatório: Ré será interrogada pela juíza, como também pela defesa e pela acusação;

Debates: Ministério Público terá uma hora e meia para se manifestar. Logo após, a defesa irá dispor do mesmo tempo para posicionamento. Depois, o MP pode pedir réplica de uma hora. Caso a réplica ocorra, a defesa terá o mesmo tempo para a tréplica;

Sala secreta: Juíza, sete jurados, promotor de justiça e advogado de defesa vão para sala de votação. Os jurados recebem cédulas com as palavras "sim" ou "não". São formulados quesitos (ao menos seis), que deverão ser respondidos por meio das cédulas, que são depositadas em uma urna. Os votos são secretos;

Sentença: A partir da votação dos jurados, juíza elabora sentença , que logo após é lida em plenário

Fonte: G1 // AO

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