“Para lá, não volto mais”, diz Mãe Stella sobre terreiro

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Salvador

11 de dezembro de 2017 às 06h00

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Filhos de santo acusam mulher de Mãe Stella de afastá-la do terreiro - Foto: Joá Souza | Ag. A TARDE

 

“Para lá, não volto mais”. Foi assim, com exclusividade para A TARDE, que a ialorixá mais influente do país, Maria Stella de Azevedo Santos, aos 92 anos, referiu-se ao Ilê Axé Opô Afonjá, terreiro que comanda desde 1976, quando substituiu Mãe Ondina de Oxalá.

Morando em Nazaré, município a 216 km de Salvador, a ialorixá é o ponto central de um imbróglio entre a esposa dela, a psicóloga Graziela Domini, 55, e a comunidade do Opô Afonjá.

A história inclui até a presença de seguranças armados que teriam sido pagos por Graziela para fazer a mudança da sacerdotisa. É o que diz o obá odofin (ministro de Xangô) e presidente da Sociedade Cruz Santa do Afonjá, entidade civil que mantém o templo, Ribamar Daniel.

“Estou transtornado com essa situação. Meu sentimento é de pesar, dor e angústia”, afirma. Apesar disso, a ialorixá diz que não quer voltar para Salvador.

Ela contou que decidiu sair da capital para descansar. “Lá é muito tumultuado. Não estou com vontade de voltar mais. Eu saí porque estava muita pressão [estavam] querendo botar filho de santo para fora. Aqui dou uma descansada, fico longe disso”.

Questionada sobre a divergência entre a comunidade do Opô Afonjá e Graziela, a ialorixá exclamou: “Para você ver o que é loucura de gente, meu filho!”.

A Tarde //// A F ////

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