Paciente diz ter sido abusada por ginecologista em Goiânia: ‘Totalmente humilhante’

Foto de null

Brasil

23 de janeiro de 2018 às 14h38

 | 

Foto: 

Imagem de Paciente diz ter sido abusada por ginecologista em Goiânia: ‘Totalmente humilhante’

Ginecologista foi preso suspeito de abusar de pacientes em Goiânia (Foto: Polícia Civil/Divulgação)

Uma paciente do médico ginecologista Joaquim de Sousa Lima Neto, de 58 anos, conta que sofreu abuso sexual durante um procedimento de cauterização. Ela, que não quis se identificar, inicialmente, não teve coragem de contar aos familiares sobre o caso. “Foi totalmente humilhante para mim a forma como ele me tratou”, desabafou.

A mulher disse que, após o procedimento, o médico ainda tentou se justificar. “Ele falou: ‘tudo que eu te fiz foi para te ajudar’”, contou.

O ginecologista foi preso nesta terça-feira (23). Até o momento, três vítimas procuraram a delegacia. Segundo a Polícia Civil, o profissional já foi condenado por violação sexual mediante fraude de outras pacientes, em 2015, mas a defesa recorreu e ele continuou trabalhando e cometendo os abusos.

A paciente relatou ainda que teve receio de denunciar o caso inicialmente. “Eu pensava que era culpa minha. Eu falei: ‘Mas eu deixei’. Eu não deixei. Eu tinha medo, eu estava com medo dele. Eu não contei para a minha mãe com medo”, relatou.

Ela conta ainda que não conseguia conversar e nem comer direito após o abuso. Porém, decidiu contar para os familiares e para o namorado, além de denunciar o caso à polícia.

“Esse homem não pode atender mulher. Como médico, ele devia ser profissional. Ele abusou totalmente e ele tem que ser punido por isso. Só quero que ele pague realmente pelo que ele fez e que se tiverem outras pessoas, que denunciem ele também”, completou.

Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) informou que “dará celeridade à apuração de tais fatos em razão da gravidade do que já foi divulgado”. A entidade aguarda a documentação necessária sobre o caso para tomar as providências cabíveis.

Fonte: G1 // AO

Logo da Rádio Salvador FM

Rádio Salvador FM