Casos de conjuntivite crescem 1.000% no Carnaval

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Carnaval 2018

16 de fevereiro de 2018 às 08h14

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Com o fim da farra do carnaval, chegou a doença da vez que, este ano, parece ser a conjuntivite. Só durante o Carnaval, Salvador registrou 191 casos da doença, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). No ano passado, no mesmo período, foram 17 - aumento de 1.023%.

O apelido dado à doença, por sua vez, fica ao gosto do paciente. “É a ‘No Groove’, né?”, aposta a auxiliar de atendimento Jacivalda Amaral, 47 anos, enquanto aguardava atendimento na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Vale dos Barris. Ela, assim como pelo menos outras sete pessoas, foi à unidade, ontem de manhã, de óculos escuros e com sintomas da inflamação.

O consultor de vendas Sóstenes Paraguaçu, 31, aposta em outra música para nomear os casos. “Só pode ser a onda da Popa da Bunda”, sugere. Ele, que pulou todos os dias do Carnaval, agora reclama da coceira e do excesso de secreção que sai dos olhos. “Começou a coçar na noite de ontem (quarta-feira), foi coçando, coçando...”, descreve. 

Assim como Sóstenes e Jacivalda, Salvador tem bem mais gente nesta época do ano com acesso livre ao “Bloco do Atestado Médico”. De acordo com dados da Associação Brasileira de Recursos Humanos(ABRH), depois da festa da carne e em feriados prolongados,  o número de trabalhadores afastados por atestado sobe para 20%.

Sóstenes não imagina de quem possa ter pego a inflamação. Já Jacivalda acredita que o filho foi o responsável. Ele começou a sentir os primeiros sintomas no domingo, depois de sair pela primeira vez no bloco As Muquiranas e, como não queria desfazer das fantasias, decidiu ir mesmo assim pra avenida no dia seguinte.

“Foi de óculos escuros, não queria perder os abadás”, entrega Jacivalda. Ou seja, além da própria mãe, o jovem pode ter contaminado outras pessoas nos circuitos da festa.


Glitter
De acordo com o coordenador de Urgência do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) de Salvador, Ivan Paiva, apesar dos casos registrados pelos postos da SMS, é possível que o número de pessoas sofrendo com a conjuntivite seja bem maior.

Isso porque os pacientes podem ter procurado outros postos de atendimento, sem contar os que ainda não apresentaram os sintomas da doença e podem, nos próximos dias, desenvolvê-la.

Já a conjuntivite viral pode ser transmitida pelo beijo, pelo contato maior, no corpo a corpo - o que, convenhamos, é difícil de evitar nesse período do ano. “Além disso, as pessoas costumam exagerar, se alimentando mal, bebendo muita cerveja e isso deixa o sistema imunológico fraco”, acrescenta Ivan.

Fonte: Correio24h // AO

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