" Quer o fim do trafico, legalize as drogas" , afirmou Nem da Rocinha

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Brasil

14 de março de 2018 às 13h44

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Condenado a mais de 96 anos de prisão por tráfico de drogas, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, Antônio Bonfim Lopes, o 'Nem da Rocinha', 41 anos, cumpre uma rotina de 22 horas diárias dentro de uma cela individual sem TV e apenas duas horas de banho de sol no presídio federal de Porto Velho, em Rondônia. Em entrevista ao El País, o homem considerado dono da Rocinha de 2004 a 2011 afirmou que adotou a pacificação da favela como forma de afastar a polícia e a mídia. 

“Eu sempre perguntei pro meu pessoal: o que tu quer? Trocar tiro com polícia ou curtir o baile na Rocinha? Porque se quiser trocar tiro não tem baile, a polícia vem pra cima e fecha tudo. Claro que eles sempre preferiram o baile”, conta. A estratégia rendeu lucro mensal para o tráfico na Rocinha de R$ 15 milhões.

Ao contrário dos discursos comuns dos bandidos, que demonstram arrependimento pelos crimes, Nem foge deste esterótipo. Em 1999, ele deixou o emprego de supervisor de equipes de uma empresa de TV para o mundo do tráfico. O problema de saúde da filha Eduarda fez com que a família acumulasse dívidas médicas que chegaram a R$ 20 mil. “Se eu me arrependo? Claro que não. Que pai não faria o que eu fiz pra salvar a vida da própria filha?”, questiona. Desempregado, conseguiu quitar a dívida trabalhando para o traficante Luciano Barbosa da Silva, o Lulu, chefe do tráfico da Rocinha e uma das lideranças do Comando Vermelho (CV).  

Sobre a recente medida de intervenção federal na Segurança Pública do Rio, Nem não demonstrou surpresa e atacou a classe política. “Não acho que vá dar em nada. Os problemas do Rio não se resolvem com Exército ou polícia”, opinou, antes de desabafar:  “O problema é que eles (os políticos) sabem que não serão reeleitos se fizerem isso. Sabem que isso exige um investimento em educação e políticas sociais que não têm retorno na urna, no curto prazo, mas que é algo para o médio prazo, para daqui a dez ou 15 anos. A preocupação maior é o mandato, não é resolver nada”.  Durante a entrevista, Nem direcionou críticas a Temer, Cunha e os que criticam a Lava Jato.

Em relação aos problemas causados pelo tráfico de drogas, o posicionamento de Nem soa contraditório para alguém que fez fortuna com o negócio. “Se você quer acabar com o tráfico você precisa legalizar as drogas. Quer tirar todo o poder do traficante? É só legalizar”. Porém, ele apresenta ressalva: “Não adianta só legalizar. É preciso falar sobre isso nas escolas. Ensinar desde cedo o que é a droga. Não adianta falar apenas ‘droga é ruim’, ‘ não usa’. O jovem tem curiosidade com isso”, aponta. 

Da redação com informações do El País // ACJR

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