PSOL processará desembargadora que acusou Marielle de se engajar com crime

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Política

17 de março de 2018 às 17h51

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Protesto no Rio de Janeiro contra assassinato de Marielle Franco

 

O PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) vai entrar com uma representação oficial no CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e com uma ação criminal por calúnia e difamação contra a desembargadora do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro), Marilia Castro Neves, pelas declarações de que a vereadora Marielle Franco, assassinada na última quarta-feira (14), "estava engajada com bandidos".

As informações foram confirmadas pelo vereador da legenda Tarcísio Motta, ao UOL. A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) no Rio também está juntando informações sobre as declarações da desembargadora para se manifestar oficialmente sobre o caso, segundo apurou a reportagem.

Ontem, a coluna Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, revelou a postagem da juíza, que comentava uma postagem do advogado Paulo Nader no Facebook.

"A questão é que a tal Marielle não era apenas uma 'lutadora', ela estava engajada com bandidos! Foi eleita pelo Comando Vermelho e descumpriu 'compromissos' assumidos com seus apoiadores. Ela, mais do que qualquer outra pessoa 'longe da favela' sabe como são cobradas as dívidas pelos grupos entre os quais ela transacionava", escreveu a juíza.

O texto da desembargadora Marilia Castro Neves segue: "Até nós sabemos disso. A verdade é que jamais saberemos ao certo o que determinou a morte da vereadora mas temos certeza de que seu comportamento, ditado por seu engajamento político, foi determinante para seu trágico fim. Qualquer outra coisa diversa é mimimi da esquerda tentando agregar valor a um cadáver tão comum quanto qualquer outro".

 

Folha /// A F ////

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