Juíza do Rio determina prisão de Carlinhos Cachoeira por fraude em loteria

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Brasil

09 de maio de 2018 às 14h06

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O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou na terça-feira (8) a prisão do bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira. De acordo com o G1, em carta precatória, o órgão pede que o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) cumpra a medida sem o uso de algemas e aguarde providências "de praxe" para o recambiamento – transferência do preso de uma cidade para outra. Ele foi condenado a 6 anos e 8 meses de prisão por fraudes na loteria carioca.

Ainda segundo a publicação, o advogado dele, Cléber Lopes, afirmou que aguarda a prisão do cliente, que já está em prisão domiciliar por outros processos, e reiterou que ele é inocente. Até as 10h desta quarta (9), o TJ-GO informava que não tinha recebido oficialmente o pedido.

Ainda na decisão desta terça-feira, a juíza Simone Rolim, titular da 29ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, não concedeu que ele fique em Goiânia ou siga em prisão domiciliar, como havia sido pedido pela defesa. Ela informou que a competência para esta avaliação é do juiz da Vara de Execuções Penais do Rio de Janeiro.

A prisão de Cachoeira foi determinada, em caráter “imediato” pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Nefi Cordeiro na sexta-feira (4), a partir de pedido do Ministério Público. O órgão tomou como base a permissão para prisão após condenação em segunda instância.

Fraudes na Loteria
Em 2012, Cachoeira e Waldomiro Diniz, ex-assessor do Palácio do Planalto, foram condenados a 8 e a 12 anos de prisão, respectivamente, pela 29ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, por corrupção e fraude em uma licitação da Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj). Segundo a denúncia do Ministério Público do Rio, Waldomiro Diniz pediu R$ 1,7 milhão ao empresário como propina - o dinheiro também teria sido usado para abastecer campanha eleitoral de políticos.

Prisão
Cachoeira foi preso no dia 30 de junho de 2016, no condomínio de luxo onde mora em Goiânia, pela Operação Saqueador, da Polícia Federal (PM) e do Ministério Público Federal (MPF). A ação apurava lavagem de dinheiro e desvio de verbas em obras públicas. A investigação apontou um esquema que desviou R$ 370 milhões de cofres públicos. Conforme o MPF, na época, Cachoeira era responsável por criar empresas e contratos fictícios com a construtora Delta. O valor era sacado e usado para pagamento de propinas. Logo após a deflagração da operação, o MPF informou que pedia a condenação dos envolvidos por lavagem de dinheiro e associação criminosa, além de solicitar a reparação dos danos causados.

Após a prisão, ele foi levado para o Rio de Janeiro, onde ficou por pouco mais de um mês. No dia 17 de agosto, ele teve a prisão preventiva convertida em domiciliar e foi levado de volta para a capital goiana. O pedido de habeas corpus da defesa do contraventor já havia sido feito ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região, no Rio de Janeiro, que javia negado a solicitação.

A Operação Saqueador foi um desdobramento da Operação Mote Carlo, que desarticulou exploração de máquinas caça-níqueis em Goiás e levou a uma CPI, que por sua vez, cassou o mandato do então senador Demóstenes Torres.

G1 /// ACJR

 

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