'Por trás dele existe uma história', diz empresário sobre triplex no Guarujá

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Brasil

16 de maio de 2018 às 07h48

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O empresário Fernando Costa Gontijo, de 64 anos, é o novo dono de um dos imóveis mais comentados do País: o triplex 164-A, no condomínio Solaris, no Guarujá. O apartamento foi o pivô da condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Operação Lava Jato. Ele foi arrematado pelo valor mínimo estipulado no edital, de R$ 2,2 milhões. Gontijo tem 3 dias para realizar o pagamento e oficializar o negócio. "O triplex tem mais de 200m², uma vista privilegiada e, por trás dele, existe uma história. É uma aposta, mas acredito que pode ser um bom negócio", disse.

Gontijo atua no mercado imobiliário há mais de 30 anos, confessa nunca ter votado em Lula e se diz apolítico. Ele criou a empresa Guarujá participações especificamente para comprar o imóvel. Em sua carreira de executivo, consta uma passagem pela companhia Via Engenharia - investigada no chamado mensalão do DF (escândalo que veio à tona em 2009 e envolveu o ex-governador do DF José Roberto Arruda).

O apartamento foi arrematado a apenas 5 minutos do fim da primeira fase do leilão virtual - quando a página já registrava 54.900 visitantes.

Para o leiloeiro responsável, Afonso Marangoni, a compra do imóvel já na primeira rodada foi surpreendente. "Imaginava que ele sairia apenas naquilo que chamamos de segunda praça (segunda rodada de venda), quando o preço cairia para 80% do valor estipulado. Nesse caso, R$ 440 mil a menos do que foi gasto para arrematá-lo", disse Marangoni.

Um lance pelo imóvel já havia sido dado anteriormente, por volta das 21h de segunda-feira, 14, por um interessado de Piracicaba, interior de São Paulo. "O próprio interessado solicitou a retirada do lance. Ele, na verdade, tinha dado um lance que não correspondia ao mínimo possível nessa fase do leilão. O cancelamento foi feito através de ordem judicial - que é a única forma de se cancelar uma oferta já dada", comentou Marangoni.

Segundo o leiloeiro, foi o juiz Sergio Moro quem autorizou o cancelamento desse primeiro lance.

Em agosto do ano passado, na sentença em que Moro condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o imóvel havia sido avaliado em R$ 2,4 milhões. Portanto, ele já teria sofrido uma depreciação de R$ 200 mil no leilão desta terça, 15.

Apesar disso, corretores ouvidos pela reportagem afirmam que o imóvel ainda saiu caro. Muito caro.

O consenso entre os corretores é que o metro quadrado na região está valendo de R$ 7 mil a R$ 8 mil - isso se o imóvel for novo. Em caso de imóvel usado, a variação seria de R$ 5 mil a R$ 6 mil. "Um apartamento no Solaris está avaliado em mais ou menos R$ 600. O triplex, com muito boa vontade, vale R$ 1,8 milhão. Mas poderia ser muito bem adquirido por R$ 1,5 milhão", disse Luiz Lang, proprietário da corretora Verde Mar, que atua no Guarujá.

O apartamento e suas reformas, supostamente custeadas pela OAS, foram apontadas por Moro e pelos desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4) como propinas de R$ 2,4 milhões da empreiteira ao ex-presidente.

O site do leilão descreveu o imóvel, e diz que o eventual comprador terá de arcar com suas dívidas. "De acordo com informação da Administração do Condomínio, sobre o imóvel recaem débitos condominiais pendentes de pagamento no importe de R$ 47.204,28 (quarenta e sete mil, duzentos e quatro reais e vinte e oito centavos) atualizados até 10 de abril de 2018, que serão de responsabilidade do arrematante".

Segundo a descrição no site do leilão eletrônico, "no primeiro pavimento há uma sala com varanda, cozinha e área de serviço, lavabo e uma suíte (conforme informações da sra. Mariuza, da empresa OS, a suíte não existia na planta original, havendo modificações e inclusão deste dormitório)".

"No segundo pavimento existem três quartos compactos (sendo um deles suíte), um banheiro e um hall de distribuição."

O site do Canal Judicial, que promove o leilão, também ressalta que o "imóvel possui piso frio em todos os cômodos e armários planejados nos quartos, cozinha, área de serviço, área externa e banheiros". "No local havia, ainda, um fogão, um exaustor e uma geladeira, sem uso e desligados".

"Existe um elevador que integra os três andares, sendo que não foi possível verificar seu funcionamento visto que a luz da unidade não está ligada. Imóvel e móveis (armário e camas) em bom estado de conservação, com exceção dos móveis da área externa (coifa e armários), que apresentam sinais de desgaste e ferrugem. O imóvel possui localização privilegiada, em frente da praia, no bairro jardim Astúrias e atualmente está desocupado", completa.

Estadão // AO

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