BA perde 170 mil frangos por dia com greve de caminhoneiros; cidade já teve prejuízo de R$ 400 mil

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Bahia

29 de maio de 2018 às 07h19

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Sem alimentos, milhares de frangos morrem em granjas na BA (Foto: Divulgação/ABA)

Com a greve dos caminhoneiros, que chegou ao 8º dia nesta segunda-feira (28), cerca de 170 mil frangos morrem por dia na Bahia, segundo dados divulgados pela Federação da Agricultura e Pecuária do estado (Faeb). Em Governador Mangabeira, a cerca de 140 quilômetros de Salvador, uma única granja perdeu mais de 50 mil frangos morreram por falta de alimento e teve um prejuízo de cerca de R$ 400 mil, segundo a Associação Baiana de Avicultura (ABA).

E a situação deve ainda piorar. A projeção, conforme a Federação da Agricultura e Pecuária é de que a partir de terça-feira (28) o número de aves mortas por dia passe a ser de 500 mil.

Por causa dos bloqueios dos caminhões em rodovias federais e estaduais de todo o país, as granjas de regiões produtoras ficam desabastecidas, sem milho, sorgo e sem insumos para alimentaar as aves. Mortes de frangos já foram registradas ainda em granjas dos municípios de Conceição da Feira e Santo Antônio de Jesus. Caçambas e até retroescavadeiras são utilizadas para retirar os animais mortos das granjas.

"As aves, hoje, estão uma canibalizando a outra, comendo a carne da outra tentando sobreviver. É um momento dramático, além do prejuízo com a fruticultura, na pecuária de leite. Todas as atividades pagam um preço um pouco caro disso e que a gente entende que precisa ser resolvido rapidamente pelo governo federal e pelo governo do estado com ações emergenciais para minimizar esses prejuizos", afirmou o presidente da Faeb, Humberto Miranda.

Conforme a Associação Baiana de Avicultura, o estado conta hoje com 17 milhões de aves e, se todas morrerem, o prejuízo pode chegar a R$ 70 milhões.

Em toda a Bahia, segundo a ABA, há 12 frigoríficos de frangos e 485 granjas. Eles abastecem o mercado baiano, o de estados vizinhos e até importam para outros países. Em muitos deles, segundo o órgão, o estoque de alimentos para as aves terminou na sexta-feira (26).

G1 // AO

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