Estudantes e professores buscam soluções para problemas socioambientais

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Bahia

29 de maio de 2018 às 14h55

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No segundo dia da III Conferência Estadual Infantojuvenil pelo Meio Ambiente, nesta terça-feira (29), no Hotel Sol Bahia, em Salvador, estudantes das redes municipais, estadual e particular participaram de oficinas de seleção e de formação. Também trocaram experiências, apresentaram projetos voltados à Educação Ambiental e iniciaram o processo de escolha dos 19 delegados que irão representar a Bahia na V Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente, de 19 a 23 de junho, em São Paulo. Os educadores, por sua vez, se envolveram nas oficinas 'Cultura da sustentabilidade na Educação Ambiental crítica' e 'Comunicação não violenta - um trilhar ecológico'.

Realizada pela Secretaria da Educação do Estado, a conferência estadual – que prossegue até quarta (30), com a plenária final – está pautada no objetivo de discutir ações que possam fortalecer a cidadania ambiental nas escolas e nas comunidades do entorno. A professora de Geografia Elisenilda Andrade, do Colégio Estadual Mestre Paulo dos Anjos, no Bairro da Paz, em Salvador, destacou que “a abordagem do tema sustentabilidade é indispensável em todas as áreas do conhecimento, especialmente no que se refere à escassez mundial da água. Em sala de aula, levamos esse debate de forma contextualizada, que parte do local onde a comunidade está inserida para o global, por meio de projetos pedagógicos”. 

Aluno de Elisenilda, Michel de Santana, 14 anos, 7ª série, levou para a conferência o projeto 'Empoderamento do Rio Mangabeira'. Para ele, o evento é uma oportunidade de compartilhar conhecimentos e experiências. “O Mangabeira é o rio que corta o Bairro da Paz e passa no fundo do nosso colégio. Só que ele está totalmente degradado devido à ocupação desordenada do bairro, ao longo dos anos. Nosso objetivo é recuperar o rio, onde as pessoas se banhavam e pescavam e, hoje, virou um esgoto. Nosso projeto mostra que a culpa é da própria comunidade e para reverter a situação, precisamos parar de jogar lixo no rio e tomar algumas atitudes, buscando parcerias para fazer a limpeza dele”, explicou.  

Oficinas para professores 

A professora Rosileia Oliveira, da Universidade Federal da Bahia (Ufba), ficou responsável pela oficina 'Cultura da sustentabilidade na Educação Ambiental crítica'. “Não podemos perder de vista que é importante a aprendizagem dos conceitos formais, mas dentro de uma perspectiva que não seja simplesmente passar informações e sim que o aluno tenha a possibilidade de se posicionar, refletir tomar decisões", disse.  

Já o ouvidor-geral do Estado, José Maria Dutra, responsável pela oficina 'Comunicação não violenta - um trilhar ecológico', junto à facilitadora Daniella Araújo, enfatizou que a educação é, antes de tudo, uma relação humana. “Quando um ser humano se afasta do outro, vai perdendo a sensibilidade. E quando ele perde a sensibilidade com o outro, perde a sensibilidade com o meio ambiente, se tornando violento tanto com o meio ambiente, como com o outro”.

Secom // ACJR

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