Chefe de facção que atua dentro e fora dos presídios brasileiros é transferido da PF em Foz do Iguaçu

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Brasil

20 de julho de 2018 às 15h50

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A transferência, nesta manhã, ocorreu com a ajuda de um helicóptero da Polícia Civil (Foto: Marcos Landim/RPC)

Eduardo Aparecido de Almeida, um dos chefes do PCC, facção que atua dentro e fora dos presídios, foi transferido, nesta sexta-feira (20), da Delegacia da Polícia Federal (PF) em Foz do Iguaçu para a Penitenciária Federal de Catanduvas, no oeste do estado.

A transferência, nesta manhã, ocorreu com a ajuda de um helicóptero da Polícia Civil.

A medida leva em conta o grau de periculosidade de Almeida. Além disso, ele era foragido do sistema penitenciário paulista. Não há previsão de uma nova transferência.


Almeida foi preso na quarta-feira (18). Também conhecido como Pisca, ele estava em casa em Assunção, na capital do Paraguai, onde vivia com nome falso. A prisão ocorreu durante uma operação conjunta da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), do Ministério Público paraguaio e da PF.

O suspeito foi expulso do Paraguai e entregue à PF na aduana da Receita Federal em Foz do Iguaçu por usar documentos brasileiros falsos no país vizinho.

Além dele, foi preso outro suspeito de atuar na mesma facção, Ricardo Moraes Alves. Ele também foi transferido para Catanduvas nesta sexta-feira.

Crimes
Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR) do Paraguai, Pisca era o número 2 da facção no país e era responsável por coordenar o tráfico de drogas entre o Paraguai e a Bolívia.

Contra ele havia mandados de prisão abertos por tráfico de drogas, tráfico de armas, associação criminosa, sequestro e homicídio.

Ele é apontado como o sequestrador da mãe do jogador de futebol Kleber, que na época era lateral esquerdo do Santos. O crime aconteceu em agosto de 2006.

A Polícia Federal investiga ainda a suposta participação dos dois na organização do mega-assalto à sede da Prosegur em Ciudad del Este, no Paraguai, em abril de 2017.

O mega-assalto
Na madrugada do dia 24 de abril de 2017, cerca de 40 assaltantes participaram do roubo de mais de US$ 11,7 milhões – o equivalente a R$ 40 milhões - da transportadora de valores.

No dia do assalto, um policial paraguaio foi preso na troca de tiro com os assaltantes.

Em buscas feitas no Brasil após a fuga do grupo, foram apreendidos explosivos e armas de vários calibres, como fuzis, e recuperados R$ 4,5 milhões em cédulas de real, guarani e dólar.

No total, 12 suspeitos de envolvimento no crime permanecem presos – quatro deles no país vizinho.

Dos oito inquéritos abertos pela Polícia Federal do Brasil, um foi concluído e sete estão em andamento.

A PF não informou quem defende os citados.

G1 // AO

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