Nem da Rocinha é condenado a 66 anos de prisão por duplo homicídio

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Brasil

06 de setembro de 2018 às 09h07

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O traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, conhecido como Nem da Rocinha, foi condenado  um total de 66 anos de prisão, pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver cometidos contra a modelo Luana Rodrigues de Sousa, de 20 anos, e da amiga Andressa de Oliveira, de 25 anos, pelo Conselho de Sentença do III Tribunal do Júri, no fim da noite desta quarta-feira (5).

O caso ocorreu em maio de 2011. De acordo com a denúncia do Ministério Público, o motivo do crime foi o fato de as jovens terem desaparecido com uma carga de haxixe, avaliada em R$ 30 mil.

Outro condenado pelo Conselho de Sentença foi Thiago de Souza Cheru, que pegou 30 anos e quatro meses de reclusão. Os réus Anderson Rosa Mendonça e Rodrigo Belo Ferreira, segundo o G1, foram absolvidos.

Os réus participaram do júri pelo sistema de videoconferência, exceto Anderson, que pediu para não assistir ao julgamento.

Nem está cumprindo pena no Presídio Federal de Porto Velho, em Rondônia. Os outros réus estão no Complexos Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio.

Na primeira audiência, realizada na terça (4), a juíza Tula Corrêa de Mello ouviu algumas das 25 testemunhas de acusação e 19 de defesa dos réus. A sessão foi interrompida depois de sete horas de duração. Retomada no início da tarde desta quarta, a juiza seguiu interrogando Nem.

O traficante negou as acusação. Ele se defendeu dizendo que não conhecia as vítimas e que foi preso – em novembro de 2011 – antes de descobrir “quem armou para ele”. Nem disse que desde o fim de 2009 e início de 2010 vinha negociando sua rendição com a polícia e a Secretaria de Segurança.

“Como já estava me afastando do tráfico, estava isolado, numa casa em Barra de Guaratiba desde antes de maio. Tanto que nem passei o aniversário da minha filha com ela porque estava fora da Rocinha. Soube da noticia pelos jornais e fiquei indignado, revoltado porque a mídia atribuía o crime a mim. Fiz coisa errada sim e me envergonho disso, mas nunca cometi crime violento. Não faria isso nunca. Nunca mandei matar e nem matei ninguém. Pode perguntar a quem quiser na comunidade. Eu era querido e respeitado porque não deixava essas coisas acontecerem na Rocinha”, disse o traficante em depoimento à juíza por videoconferência.

O traficante destacou que tem sete filhos – duas em fase de adoção – e que sabe a dor que é perder um filho, pois já teve um enteado morto por doença.

“Estava a um passo de me entregar, quando me atribuíram esse crime e aí voltei a ser cotado na mídia por tudo o que acontecia na Rocinha. Se não fosse esse crime que estão me atribuindo, tenho certeza que já estaria em casa com meus filhos e cuidando da minha mãezinha, que está com 78 anos”, disse Nem.

Ele contou que ao ser apontado como mandante dos assassinatos, voltou à favela para investigar o caso e tentar descobrir quem queria prejudicá-lo.

“Um amigo policial me contou na época que havia um policial na comunidade que tinha várias ligações da Luana no celular dele. Disse isso à polícia, mas esse policial nunca foi investigado. Era mais fácil colocar na minha conta. Tentaram fazer isso com a morte da engenheira Patrícia e com o sumiço do Haroldo, mas não conseguiram. O pai da engenheira percebeu o que estavam querendo fazer com o nome da filha dele. E o Haroldo reapareceu vivo”, contou o traficante.

TV Globo // ACJR

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