Haddad e Bolsonaro fazem aceno ao mercado

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20 de setembro de 2018 às 08h53

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Haddad e Bolsonaro fazem aceno ao mercado

A 17 dias do primeiro turno, as duas forças políticas que lideram as pesquisas de intenção de voto tentam clarear pontos de suas propostas para o mercado financeiro. Tanto Paulo Guedes, indicado por Jair Bolsonaro (PSL) como formulador de seu plano econômico, quanto Fernando Haddad (PT) buscam sinalizar ao mercado que seus programas não ignoram a situação econômica e as dificuldades que o jogo político vai impor ao governo.

Em conversas fechadas que vem mantendo com investidores e gestores de fundos nas últimas semanas, Guedes tem reafirmado o caráter liberal de seu projeto, mas buscado dar uma visão mais pragmática sobre o que pode ser feito, segundo três fontes que participaram dos encontros com o economista de Bolsonaro e falaram à reportagem sob condição de anonimato.

Num desses eventos, Guedes transmitiu a mensagem de que não é possível deixar de lado a composição com partidos tradicionais e que um governo Bolsonaro precisará fazer acordos, por exemplo, com siglas do Centrão. Ele mencionou, de acordo com o relato de uma fonte presente, que há um caminho para interlocução com o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), com quem já teve conversas no passado. Guedes e Maia não deram entrevista.

Apesar de reforçar o plano de vender ativos para recomprar parte da dívida, Guedes deu indicações de que conter o déficit fiscal pode não ocorrer tão rapidamente como tem dado a entender em entrevistas. Segundo um gestor que esteve em encontro recente com ele, o economista foi franco ao dizer que, no curto prazo, será preciso contar com receitas extraordinárias para tapar o rombo fiscal.

Guedes afirmou que está tendo conversas com representantes do governo para entender de onde podem vir essas “receitas não recorrentes”. Um dos encontros ocorreu com o presidente do BNDES, Dyogo Oliveira. O economista da campanha de Bolsonaro indicou aos investidores que pretende, por exemplo, aumentar os repasses do banco estatal ao Tesouro Nacional. Também afirmou que vê com bons olhos reduzir repasses ao Sistema S.

Haddad

Antes de ser oficializado candidato a presidente do PT, Haddad manifestou discordâncias em relação ao programa de governo que seria lançado semanas depois. Em conversas com investidores, o então candidato a vice disse que, se eleito, manteria o atual sistema de funcionamento do Banco Central baseado no uso da taxa básica de juros para controlar a inflação.

O programa de governo do PT, divulgado posteriormente, fala em um “mandato dual” com duas metas – controle de inflação e geração de empregos.

O candidato tem dito a aliados que o programa, visto pelo mercado como excessivamente intervencionista, representa os pontos de vista do PT e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e não necessariamente os dele próprio. Na segunda-feira, em sabatina do UOL, SBT e Folha de S.Paulo, Haddad desautorizou o economista Marcio Pochmann, defensor da tese de que a necessidade de uma reforma da Previdência não é imediata, e disse ter “relações pessoais” com o presidente do Banco Central do governo Michel Temer, Ilan Goldfajn.

Ainda de acordo com aliados, Haddad deseja alguém com o perfil de Goldfajn para presidir o BC. Conforme petistas, a ideia é repetir a fórmula adotada no primeiro governo Lula. Economista-chefe e sócio do Itaú até assumir o BC, em 2016, Goldfajn tem perfil semelhante ao de Henrique Meirelles (que, antes de entrar no governo, foi presidente do BankBoston).

Nesta quarta-feira, 19, o presidenciável petista fez novo aceno ao mercado, ao dizer que vai buscar um ministro da Fazenda “pragmático” e descartar “figurões” e “sectários”. Indagado sobre o perfil ideal, Haddad respondeu que é o seu. “Eu ia ser o ministro da Fazenda do Lula. Ele tinha me convidado.” Para a Fazenda, Haddad quer um moderado de esquerda (Lula indicou Antonio Palocci).

Um assessor econômico disse que o programa tem margem para ser flexibilizado. Segundo ele, trata-se de uma “carta de princípios com orientações gerais” e sua execução ocorreria em etapas, conforme as condições políticas. O importante é manter a direção, afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. // AO

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