Polarização Bolsonaro-Haddad impulsiona “robôs” nas redes sociais

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Eleições 2022

21 de setembro de 2018 às 18h00

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A polarização eleitoral entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), primeiro e segundo colocados nas pesquisas de intenção de voto, aumentou nas redes sociais. Os dois têm o maior número de interações no Twitter e também maior porcentagem de perfis automatizados, os chamados robôs, interagindo com seus apoiadores – 43% e 28,4%, respectivamente, de 3.198 contas suspeitas monitoradas em estudo da Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas (FGV-Dapp).

A presença de robôs nas redes vem crescendo desde o início da campanha eleitoral, em 15 de agosto, atingindo o ápice na última semana. Entre 12 e 18 de setembro, a pesquisa analisou 5,3 milhões de interações (retuítes) e mais de 712 mil perfis na rede social. No período, o patamar de interações envolvendo robôs chegou a 12,9%. No início da disputa eleitoral esse número era de 4,2%.

Procuradas, as campanhas negaram a utilização de robôs nas redes sociais. “A gente não contrata nenhum robô. Se está tendo, as pessoas que estão fazendo aí”, afirmou nesta quinta-feira, 20, o filho de Jair Bolsonaro, Flávio Bolsonaro.

O acirramento na campanha é um dos principais motivos para explicar o aumento de robôs na rede social, segundo um dos autores do estudo, professor Marco Aurélio Ruediger. “Você tem um crescimento repentino do candidato do PT, uma contraofensiva do campo à direita, e um terceiro campo buscando a terceira via, e aumenta a tentativa de influenciar as redes. A tendência dessa curva de acirramento é continuar crescendo.”

Esses números não pertencem, necessariamente, a uma campanha ou a um candidato. Segundo a metodologia de identificação desses robôs, não há nem mesmo como provar que sejam positivos ou negativos ao candidato, mas apenas interações com suas contas.

São considerados robôs contas automatizadas que geram volume de interações nas redes. Eles podem atuar tanto para atacar um candidato, como simplesmente para fazer campanha positiva.

Estadão // AO

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