Deterioração em ponte preocupa moradores do extremo sul da Bahia

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Bahia

29 de novembro de 2018 às 11h18

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A deterioração das estruturas que sustentam a ponte sobre o rio Jequitinhonha, a 6 quilêmetros de Itapebi, no extremo sul da Bahia, tem deixado a população local em alerta. As estruturas metálicas que sustentam as pilastras de concreto estão se desfazendo aos poucos, devido à ação do tempo, e apresentam visível sinal de desgaste.

Boa parte do concreto que envolvia as estruturas metálicas já não existe mais e dá para ver placas de ferro se soltando e pequenos buracos de até 4 centímetros. Na parte de cima, há partes da mureta da ponte que estão quebradas, devido a acidentes, e os bueiros, por onde escorrem água da chuva, entupidos.

Imagens gravadas em dias de chuva mostram a parte de cima da ponte alagada, tornando impossível a visão e levando risco aos motoristas que trafegam no local. “Já desentupimos uma vez o bueiro que a água da chuva desce, devido a falta de ação do governo federal, e entupiu de novo”, disse o prefeito de Itapebi Juarez Oliveira (PP).

Mais conhecido como Peba, o gestor disse o entupimento se dá por causa da água misturada com cascalho de estrada de fazendas próximas que escorre para a ponte.

“Tenho visitado quase toda semana a ponte para ver se ela oferece riscos maiores. A falta de manutenção da ponte deixou todo mundo preocupado”, afirmou o prefeito.

A situação se torna ainda mais preocupante porque a ponte, inaugurada em 1957 e que fica na BA-101, foi construída para suportar caminhões com até 45 toneladas.

Contudo, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), é comum passar pela ponte caminhões com mais de 70 toneladas e já houve flagra de até 100 toneladas. Por ficar na BR-101, uma das rodovias federais mais movimentadas da Bahia, a ponte recebe tráfego diário médio de 5 mil veículos, segundo informações da PRF.

A última intervenção na estrutura da ponte, que tem 20 metros de altura e 511 metros de vão, foi em junho de 2010, para reparar um buraco em uma das 220 lajes. Em 2005 também houve recuperação de lajes. Manutenção geral, no entanto, só houve na década de 1980, quando a ponte passou por uma reestruturação.    


O último acidente grave foi em 7 de novembro de 2014, quando sete pessoas morreram e 24 ficaram feridas na queda de um ônibus da Viação Rota. Entes públicos e representantes da sociedade civil têm se mobilizado nos últimos dias para que o Departamento de Infraestrutura de Trânsito (DNIT) tome providências.

Em 2014 o órgão chegou a abrir licitação para obra de manutenção na ponte, mas devido ao desinteresse de empreiteiras a licitação resultou deserta. Segundo a diretora do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) na Bahia, Karen Melo, o custo da obra hoje deve bem maior que o que seria em 2014.

“Nosso dever é alertar profissionais quanto à manutenção de obras públicas e temos feito isso”, disse, informando em seguida que o Crea-BA não fez laudo sobre a ponte. “Mesmo sem laudo, percebemos que há necessidade de manutenção na ponte, é visível desgaste”, disse, se esquivando de dizer se a ponte corre risco de cair.

Presidente da Associenge (uma associação de engenheiros e técnicos) na Costa do Descobrimento, a engenheira Onimarcia Nascimento disse que está preocupada. “Pelas fotos, vemos que há necessidade de intervenção na ponte, mas só o DNIT é quem pode afirmar se a ponte oferece riscos ou não”, comentou.

A Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Eunápolis oficiou o DNIT para realizar laudo sobre a ponte, mas isso ainda não tem previsão de quando será feito. “A sociedade precisa saber, de fato, qual a segurança dessa ponte”, disse o advogado Tiago Giuberti Suaid, presidente da Comissão de Meio Ambiente da OAB de Eunápolis.

O DNIT não respondeu aos questionamentos do CORREIO sobre se a ponte oferece riscos e quando foi feito o último laudo relativo a ponte.

De acordo com o órgão federal, a licitação para a obra de manutenção ocorrerá em dezembro deste ano, mas não há previsão do que será feito caso ela dê como deserta.

Correio // AO

 

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