Oposição na Câmara de Salvador se divide entre 'raiz' e 'nutella' e facilita vida de ACM Neto

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Política

16 de janeiro de 2019 às 09h36

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Oposição na Câmara de Salvador se divide entre 'raiz' e 'nutella' e facilita vida de ACM Neto

Se no plano estadual a oposição ao governo da Bahia minguou com o resultado das eleições de 2018, no caso da Câmara de Vereadores de Salvador nem foi preciso o voto popular para assistir ao esfacelamento da bancada da minoria. Uma divisão interna entre os vereadores reduziu ainda mais o número de vozes da oposição, que agora terá que dividir o protagonismo do barulho contra o prefeito ACM Neto com um grupo de “independentes” – nome pomposo para justificar a falta de consenso em grupo já minúsculo e agora praticamente nulo numericamente.

Para quem não acompanhou a confusão, é importante recapitular o que aconteceu no apagar das luzes de 2018. As ausências dos vereadores José Trindade (Pode), Silvio Humberto (PSB) e Aladilce Souza (PCdoB) não impediram que a então líder da bancada, Marta Rodrigues (PT), convocasse uma reunião para discutir o futuro comandante do grupo. Desse encontro saiu a escolha de Sidninho (Pode) para a função, porém a contragosto dos ausentes e de ao menos um dos presentes. Era possível contornar a situação? Era. Porém os vereadores não pareceram dispostos a isso.

No começo de 2019, a Câmara teve a sessão solene de posse de Geraldo Jr. (SD) na presidência e retornou ao recesso. Nos bastidores, então, se intensificaram as discussões e os questionamentos em torno da liderança da oposição. Sidninho, escolhido líder, não mostrou habilidade suficiente para conduzir o processo e acabou desautorizado a falar em nome da bancada, já pequena, formalmente com 11 vereadores.

E a insurgência veio à público com as declarações do correligionário Trindade, que não escondeu o descontentamento e afirmou não integrar mais a oposição. Ex-líder do grupo, Trindade foi um dos principais atores nesse processo, porém não foi o único. O PCdoB e o PSB, que também não tinham liderado a oposição na atual legislatura, tinham a expectativa de ficar com o posto e com os cargos na Câmara a que teriam direito. Foram os vereadores dos dois partidos, aliados ao PSOL do estreante Marcos Mendes, que oficializaram o novo bloco.

Com o impasse criado, agora a oposição a ACM Neto na Câmara de Salvador possui duas bancadas diminutas. A “original”, com seis vereadores, e a “genérica”, com quatro – Trindade, por estar filiado ao Podemos, não pode participar formalmente de um bloco diferente da indicação partidária e que possui o líder Sidninho. Para o governo, o racha é providencial. Mesmo que a maioria esteja “apertada” para votar projetos, é muito mais fácil negociar com esses subgrupos do que com a oposição mais fortalecida – se é que era possível chamar os 11 juntos de algo forte.

Além da falta de consenso dentro do grupo da oposição, é possível traçar um paralelo com uma expressão bem popular entre os jovens. Enquanto que a bancada de oposição “genérica” é muito mais “raiz” e ao longo dos últimos dois anos os edis não flertaram em momento algum com os projetos de ACM Neto – vide a acidez dos ataques desferidos por Trindade ao prefeito e o posto de leão de chácara desempenhado por ele para o governador Rui Costa -, os opositores “originais” são “nutella” e tiveram diversos momentos de proximidade com o governo, facilitando ainda mais a passagem do rolo compressor do prefeito na Câmara.

O resumo dessa confusão na Câmara de Salvador é que, se para Rui tudo são flores na Assembleia, ACM Neto não tem do que reclamar da facilidade proporcionada pela própria oposição. As duas casas podem ter como governistas grupos completamente distintos e opostos, mas o clima de terra arrasada é sentido em ambas.

Bn // AO

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