Com tema "Jesus, o amado Senhor do Bonfim", hum milhão de fiéis sobe a Colina Sagrada

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Bahia

17 de janeiro de 2019 às 05h57

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A partir das 8h, desta quinta,17, a programação da Lavagem do Bonfim, tem início com a concentração da caminhada da fé em frente à Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia, no Comércio, onde será celebrada uma cerimônia inter-religiosa aberta pelo padre José Ribamar. Após a celebração, por volta das 9h30, cerca de 20 mil fiéis darão início ao percurso de 8 quilômetros em direção à Colina Sagrada, no Bonfim.

Uma alvorada de fogos nas proximidades da Praça Cairu anunciará a partida da procissão. Também haverá pontos com fogos na Feira de São Joaquim, estacionamento das Obras Sociais de Irmã Dulce (Osid) e alto da Colina Sagrada. Esse ano, estimulado pela temática da paz, devotos ajudarão a levar uma bandeira branca de cerca de cem metros de comprimento até o Bonfim.

Um dos momentos mais esperados é o da lavagem das escadarias da Basílica Santuário Senhor do Bonfim feita pelas baianas (adeptas do candomblé e de religiões de matriz afro-brasileira) com água de cheiro. O ato está programado para ocorrer às 13h30, sob mais uma alvorada de fogos e execução do hino ao Senhor do Bonfim.

Agremiações – Como já é tradição, diversas agremiações seguem em cortejo em direção ao Bonfim, com saída a partir da Avenida Lafayete Coutinho (Contorno), por volta das 9h30, por ordem de chegada. Além de entidades tradicionais, como o Ilê Aiyê e Filhos de Gandhy, desfilam diversos bloquinhos carnavalescos, fanfarras, DJs, microtrios e representantes de associações.

História – De acordo com historiadores, o culto ao Nosso Senhor do Bonfim começou em 1745, quando a imagem do santo foi trazida pelo capitão português Teodósio Rodrigues de Farias, ao cumprir uma promessa que fez depois de ter sobrevivido a uma forte tempestade.

As homenagens, no entanto, iniciaram de fato em 1754, ano em que a imagem foi transferida da Igreja da Penha, em Itapagipe, para a sua própria igreja, construída na Colina Sagrada.

A lavagem do adro da basílica teria começado a partir dos moradores da região, como preparação para a Festa do Bonfim. Por achar que o ato tinha assumido um caráter festivo exagerado e não-condizente com o local santo, a lavagem no interior do templo foi proibida em 1890 pelo Marquês de Santa Cruz, Manuel Victorino Pereira, chefe do governo provisório na época.

Após a decisão, adeptos do candomblé começaram a fazer o cortejo para lavar as escadarias, reverenciando Oxalá – orixá correspondente ao Senhor do Bonfim.

A tradição acontece sempre três dias antes do segundo domingo após a Festa de Reis (6 de janeiro). Antes era realizada apenas no Bonfim, mas depois foi estendida para o Comércio, colorindo de branco as ruas da Cidade Baixa.

Depois da cerimônia religiosa, é a vez da parte profana entrar em cena, com as barracas montadas no entorno do Bonfim, muita música e manifestações culturais. Os festejos são encerrados com a também tradicional Segunda-Feira Gorda, no bairro vizinho da Ribeira.

 

Secom/Prefeitura SSA// Figueiredo 

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