‘Foi um crime planejado’, diz cunhado de baiana de acarajé morta pelo ex-marido

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Polícia

17 de janeiro de 2019 às 15h49

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“Ele dizia que iria fazer isso por amor, porque ela não poderia deixá-lo”, disse Luiz Ferreira Alves, cunhado de Selma Santos Silva, 42 anos, morta a tiros na noite desta quarta-feira (16) pelo ex-marido, Sérgio Santos dos Reis. 

Eles ficaram juntos por 5 anos e, segundo a família, Sérgio, que se matou com um tiro na cabeça logo após cometer o feminicídio, não aceitava o fim do relacionamento, que terminou há 4 meses. “Ele disse que iria dar um presente de Natal a ela, mas não a matou na data, porque a família estava toda reunida”, contou Luiz.

Ainda segundo o cunhado de Selma, o ex-marido ameaçava, também, a mulher dele, irmã da vítima. “Eram ameaças constantes e, se minha esposa estivesse ontem [dia do crime], teria morrido também”, relatou. 

Nesta quarta-feira (16), segundo Luiz, Sérgio foi visto bebendo o dia inteiro em um bar próximo à barraca de acarajé da mãe de Selma, que fica no bairro Sete de Abril, onde a vítima morava. “Ele ficou lá esperando o momento certo, porque o crime foi planejado desde a separação. Ele esperou minha sogra sair e Selma assumir a barraca pra poder matar”, disse o cunhado. 

Ainda de acordo com Luiz, Selma era uma pessoa muito querida no bairro onde morava. “Todos amavam ela. Ela deixou uma filha de 16 anos, minha sogra e as irmãs dela estão passando mal, ninguém quer acreditar que ela se foi”.

Luiz também contou que tentou alertar Sérgio para que ele não fizesse “nenhuma besteira”.

“Eu disse a ele para aceitar a separação, porque ninguém é dono de ninguém. Os homens precisam parar com isso de achar que a mulher é deles e só deles. Se não deu certo, cada um segue a vida e pronto”, relatou em tom de revolta.

Correio // AO

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