Presidentes de China e Taiwan terão encontro histórico neste sábado

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Mundo

04 de novembro de 2015 às 09h10

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Os líderes de China e Taiwan se reúnem neste sábado pela primeira vez desde que os dois governos se separaram, em 1949, no fim da guerra civil chinesa. O encontro é um claro sinal sobre as preocupações de Pequim em relação às eleições taiwanesas.

O presidente chinês, Xi Jinping, se reunirá com o presidente de Taiwan, Ma Ying-jeou, em Cingapura, segundo o porta-voz presidencial taiwanês e a agência estatal chinesa Xinhua. O encontro será um marco para as relações bilaterais. No fim dos anos 1940, o líder nacionalista Chiang Kai-shek fugiu com suas tropas para Taiwan, após ser derrotado pelas forças comunistas de Mao Tsé-tung. Pequim vê Taiwan como uma província rebelde que deve ser reunida com a China continental, nem que seja preciso usar a força para isso.

O presidente taiwanês arquitetou a reaproximação com Pequim nos últimos anos, mas as relações permanecem frágeis, depois de décadas de suspeitas. Entre os problemas em aberto está inclusive como os dois líderes se tratarão. Segundo a imprensa estatal chinesa, eles chamarão um ao outro de "senhor" [mister].

O porta-voz de Ma, Charles Chen, afirmou que os dois presidentes devem trocar avaliações sobre temas de interesse, mas não devem firmar um acordo ou emitir um comunicado conjunto.

A reunião será acompanhada com interesse pelos EUA, que estabeleceram relações diplomáticas com Pequim em 1979. A legislação norte-americana, porém, prevê que Washington ajude Taiwan a se defender. A Casa Branca disse nesta terça-feira que é muito cedo para qualificar a reunião um ponto de inflexão, mas elogiou a iniciativa.

Os EUA mantêm uma política oficial de "uma China" e reconhece o governo de Pequim. Washington argumenta, porém, que mantém laços diplomáticos, culturais e de defesa com Taiwan e diz que qualquer resolução das diferenças entre Taipé e Pequim precisa ser pacífica.

Em Taiwan, porém, parte da população vê com ressalvas a aproximação, por temer o peso da influência política econômica de Pequim. Alguns prometeram protestar, após a notícia do encontro. Fonte: Dow Jones Newswires.

Fonte: Estadão Foto: Reprodução

 

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