Ilê Aiyê elege Deusa do Ébano 2019 neste sábado

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16 de fevereiro de 2019 às 11h23

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Coletiva de imprensa da 40ª Noite da Beleza Negra, na sexta-feira, 15, reuniu as 15 candidatas que vão encarar uma maratona de apresentações diante dos jurados e plateia da festa - Foto: Shirley Stolze l Ag. A TARDE

 

Tradicional festa baiana, a 40ª Noite da Beleza Negra acontecerá, na noite deste sábado, 16, onde 15 candidatas irão disputar o título de Deusa do Ébano 2019, na Senzala do Barro Preto, ladeira do Curuzu, na Liberdade, às 20h. Além de eleger a nova rainha, o evento comemora os 45 anos do bloco Ilê Aiyê e vai contar com apresentações de Gilberto Gil, Caetano Veloso, e Daniela Mercury.

Considerado o maior concurso de beleza e exaltação da mulher negra do País, o concurso tem como objetivo enaltecer e elevar a auto-estima da comunidade negra e disseminar a cultura afro-baiana pelo mundo.

Jéssica Nascimento, Deusa do Ébano 2018, conta que, para ser rainha ter apenas beleza não basta. "Ela precisa ter muito respeito pela ancestralidade, tem que ter muita força e garra para tudo que vai enfrentar durante o reinado. Para estar sempre representando bem a entidade e as mulheres negras, tem que ter muita graciosidade. A beleza tem que vir acompanhada por uma bagagem, uma consciência racial de todos os problemas que passamos, mas que estamos aí diariamente enfrentando e passando por cima de tudo isso", afirma.

O concurso elegeu a primeira rainha do Ilê Aiyê em 1975. Mirinha contou que na sua época o evento não se chamava Noite da Beleza Negra, e sim Escolha da Rainha do Ilê Aiyê.

"Me senti muito feliz por ser rainha e negra. Não existia uma rainha negra. Hoje, você vê abertamente, você coloca um torço faz algumas tranças nagô e sai, e outra pessoa vem e elogia. Estou feliz por ter sido a primeira rainha do Ilê Aiyê", relembra a primeira rainha.

Para o presidente do bloco Ilê Aiyê, Antônio Carlos dos Santos, conhecido como Vovô, a expectativa é de casa cheia. "A expectativa é muito grande, de casa cheia. O evento é importante por causa do empoderamento da mulher negra que essa inciativa deu. A partir daí, no Brasil surgiram outras concursos com o mesmo objetivo, fazendo com que a mulher negra fosse mais vista, olhando para dentro dela própria", afirma.

 

A tarde/// Figueiredo 

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