Justiça solta presidente da CNI e mais cinco presos na Operação Fantoche acusados de corrupção

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Política

20 de fevereiro de 2019 às 05h25

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Robson Braga de Andrade, presidente da CNI, foi um dos alvos da Operação Fantoche soltos â?? Foto: Thiago Rios Gomes

 

A Justiça Federal em Pernambuco (JFPE) soltou seis dos dez presos na Operação Fantoche, da Polícia Federal (PF), que investiga um esquema de corrupção envolvendo contratos com o Ministério do Turismo (MTur) e entidades do Sistema S, entre elas o Sesi.

A soltura foi determinada pelo juiz federal César Arthur Cavalcanti de Carvalho, na sede da JFPE, no bairro do Jiquiá, na Zona Oeste do Recife , inclusive Robson Braga de Andrade - presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) acusado de desvio de R$ 400 milhões de reais.

Entenda o caso

A investigação aponta que um grupo de empresas, sob o controle de uma mesma família, vem executando contratos desde 2002 por meio de convênios tanto com o ministério quanto com o Sesi. Eles receberam mais de R$ 400 milhões por esses serviços.

Pela manhã, o delegado federal Renato Madsen, da PF, afirmou que os alvos da Operação Fantoche são investigados pela criação de empresas de fachada. Segundo ele, os empresários teriam criado empresas sem fins lucrativos para dificultar a investigação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com a PF, a investigação começou em 2014, a partir de uma empresa que recebia grande parte dos recursos para eventos culturais. Os valores, segundo Madsen, estavam superfaturados. A polícia também identificou que o dinheiro não era destinado totalmente a produções culturais.

Um dos eventos que foram alvo da operação foi o festival Bonecos do Mundo, realizado pelo Sesi e idealizado por Lina Rosa Gomes. Esse foi o motivo para o nome da operação.

Alvos de prisão da Operação Fantoche, os irmãos Lina Rosa, Luiz Otávio e Luiz Antônio Gomes Vieira da Silva são sócios da Aliança Comunicação. Segundo o advogado Ademar Rigueira, que os representa, a defesa acha "estranho" o pedido de prisão. Ele disse que vai provar que não houve ilegalidade nas ações.

De acordo com a investigação, a Aliança é a principal empresa beneficiada com os supostos desvios e teria celebrado vários contratos com o Sesi para desenvolver uma série de projetos culturais, como o Cine Sesi Cultural, o mais antigo em execução (desde 2002), Na Ponta da Língua e o projeto Relix. Mais de dez projetos são investigados.

A Aliança é, também, a empresa responsável pela realização do São João de Campina Grande (PB) desde 2017, por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP). O contrato para a festa de 2019 foi renovado e as primeiras atrações foram anunciadas.

 

G1/// Figueiredo 

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