'Estamos bastante animados', diz secretário da Previdência sobre acordo para votação da reforma na CCJ

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Política

23 de abril de 2019 às 12h19

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O secretário-especial da Previdência, Rogério Marinho, afirmou nesta terça-feira (22) que integrantes do governo estão "bastante animados" com o acordo com partidos para votação da reforma na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.

Marinho deu a declaração após participar de uma reunião com os líderes do PP, deputado Arthur Lira, e do PR, deputado Wellington Roberto (PB). A negociação sobre alterações no texto da reforma vem ocorrendo desde a semana passada. A previsão é que a votação na CCJ ocorra na tarde desta terça.

"Eu acredito que até o meio-dia teremos uma definição em relação ao processo de votação que vai acontecer hoje [terça-feira] às 14h30. Estamos bastante animados. Os pontos [que serão modificados] já foram anunciados, estão dentro desse processo. É uma negociação que permanece, ainda não se exauriu", afirmou Marinho.

De acordo com o secretário, o que falta, para a conclusão do acordo é os líderes conversarem com as bancadas.

“Os líderes precisam conversar com seus aliados, com suas bancadas. Eles são representantes de um grupo de deputados. Nós vamos conversar após o meio-dia, quando tivermos a posição dos deputados”, explicou Marinho.

Na CCJ, os parlamentares analisam se a proposta está de acordo com a Constituição. O mérito (conteúdo) do texto, contudo, só será discutido em uma comissão especial, que deve ser instalada no início de maio.

Depois de aprovada, a reforma ainda precisará passar por dois turnos de votação no plenário da Câmara antes de seguir para o Senado.

De acordo com o Arthur Lira, a negociação "avançou bastante" e falta somente consultar os outros parlamentares do partido para anunciar uma decisão.

"Temos só que consultar, é normal. Saímos daqui na quarta-feira [da semana passada] acenando com a possibilidade de que os temas acertados, teríamos resolutividade hoje", declarou o líder do PP.

O deputado Wellington Roberto concordou que houve avanço nas negociações. “Vamos conversar com alguns outros líderes, que não puderam chegar por falta de voos. E hoje estamos definindo alguns temas que podem avançar nessa negociação. Se tiver acordo, vamos estar lá presentes para votar a reforma da Previdência. Se não, iremos fazer nosso papel”, disse o parlamentar.

Mudanças negociadas
Entre os pontos que o governo está negociando para suprimir do texto para facilitar a aprovação na CCJ, está a retirada obrigatoriedade de recolhimento de FGTS de quem já for aposentado, e do pagamento da multa de 40% na rescisão contratual em caso de demissão desses trabalhadores.

Com isso, devem permanecer as regras atuais. Ou seja, esses benefícios continuariam sendo pagos normalmente aos trabalhadores aposentados.

Os outros pontos da proposta do governo que também devem ser retirados do texto são:

concentração de ações judiciais sobre a reforma da Previdência em Brasília;
exclusividade do Poder Executivo de propor alterações na reforma da Previdência;
possibilidade de mudanças na aposentadoria compulsória serem feitas por lei complementar.
Com a retirada desses pontos, as ações judiciais contra a reforma poderiam ser impetradas em todo o país, e os parlamentares teriam a prerrogativa de propor alterações na proposta de reforma da Previdência – e não apenas o Executivo.

Além disso, eventuais mudanças na aposentadoria compulsória por idade só poderiam continuar sendo discutidas por meio de emenda à Constituição - que exige quórum maior para aprovação.

G1 // AO

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