Cratera de 2 km aumenta na BR-020 e obras de reparo são embargadas

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Bahia

11 de novembro de 2015 às 15h18

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Uma cratera aberta perto do acostamento da BR-020, no município de Luís Eduardo Magalhães, oeste da Bahia, aumentou de tamanho e segue sem previsão de quando será reparada. As obras de contenção deveriam ter começado na segunda-feira (9), mas o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) informou que foram embargadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A cratera tem dois quilômetros de extensão e oito metros de profundidade.

O problema começou há dois anos e meio. Por conta das obras de duplicação de um trecho de oito quilômetros da BR-242, um canal de escoamento de água foi aberto na rodovia seguinte (BR-020), para evitar que a chuva atrapalhasse as obras. A água da chuva deveria ser despejada no Rio de Pedras, mas a ação da chuva e do sol corroeu todo o buraco e levou a terra para o rio, que está com bancos de areia e nível baixo.

Segundo o Ibama, a obra de contenção na BR-020 foi embargada por causa de danos ambientais ao Rio de Pedras. A empresa responsavel por este serviço foi multada e terá que fazer um projeto de reparo ambiental. A nova empresa que assumirá as obras terá que pedir autorização ambiental para retomar os trabalhos.

Todos os dias, caminhões pesados, carregados com milho e aldogão, passam pela rodovia e os motoristas ficam preocupados com os riscos de erosão. Os moradores da região acabam usando uma ponte improvisada para atravessar a cratera.

 

Uma comissão da prefeitura de Luís Eduardo Magalhães e um engenheiro da empresa responsável pelas obras de contenção da BR-020 estiveram no local. "Existe um embargo do Ibama para as obras emergenciais, que é a contenção provisória da erosão. Uma concordância do Ibama para que a gente comece. A outra é um problema climático. O bom senso manda que se espere passar as chuvas, e em abril, comece as obras e o prazo é de quatro meses para conclusão", disse o engenheiro Ednilton Peres.

Os produtores rurais da região também se preocupam com o risco de erosão da rodovia e temem os efeitos no escoamento da produção. "Nós não temos outro acesso viável porque estamos nas proximidades do rio. Mas se a BR cair, como nós estamos percebendo que vai cair, com uma pequena chuva de 100 milímetros vai desabar. Vamos ficar isolados e com um enorme prejuízo para o meio-ambiente porque o pessoal vai querer passar e vai passar por dentro do rio", critica Aristeu Fernando Pellenz, presidente do sindicato rural de Luís Eduardo Magalhães.

 Foto: Reprodução/G1

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