Grupo internacional pede eleições livres na Venezuela

Foto de null

Mundo

08 de maio de 2019 às 14h56

 | 

Foto: 

Imagem de Grupo internacional pede eleições livres na Venezuela

Os defensores do líder da oposição venezuelana Juan Guaido, que muitas nações reconheceram como legítimo governante interino do país, participam de uma manifestação contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas

O Grupo Internacional de Contato (GIC), do qual fazem parte 8 países da União Europeia (França, Alemanha, Itália, Países Baixos, Portugal, Espanha, Suécia e Reino Unido) e outros 3 países da América Latina (Uruguai, Equador e Costa Rica), se reuniu essa semana para tratar dos recentes acontecimentos na Venezuela.

Após a reunião, o grupo emitiu uma declaração, na qual afirma apoiar uma missão política ao país, com objetivo de apresentar e discutir opções concretas para uma solução pacífica e democrática.

O encontro, a nível ministerial, aconteceu em San José, na Costa Rica, e os membros reafirmaram seus compromissos com uma saída "decidida pelos próprios venezuelanos, mediante a realização de eleições presidenciais livres e justas o quanto antes".

De acordo com a documento publicado, é fundamental um processo político com credibilidade e, para isso, são necessárias "medidas urgentes significativas para forjar confiança, tais como a liberação de presos políticos e mudanças nos respectivos poderes do Estado, a fim de torná-los independentes e que prestem contas de seus atos". Para o grupo, a prioridade é frear a escalada de violência, restaurar a democracia, o Estado de Direito e a separação dos poderes.

"O GIC condena firmemente os processos judiciais viciados destinados a criminalizar os protestos e as opiniões políticas, tais como as ações empreendidas contra vários Representantes da Assembleia Nacional. Os dirigentes e membros dos partidos precisam levar seu trabalho de maneira pacífica, sem intimidação nem represálias. A Assembleia Nacional, eleita democraticamente e presidida por Juan Guaidó, deve ser o centro da vida política do país, suas prerrogativas constitucionais devem ser respeitadas conforme a legislação nacional e a imunidade parlamentar de seus membros deve ser plenamente garantida".

O chanceler uruguaio, Rodolfo Nin Novoa, afirmou que o governo defende a busca de caminhos de entendimento, aproximação e diálogo. Disse ainda que a negociação é a única saída, "“a não ser que se faça um golpe de Estado, uma guerra civil ou a invasão de uma potência estrangeira”, mas nenhum desses caminhos será seguido pelo país. "Uruguai não quer protagonismos, mas sim acentuar sua vocação pacificadora”.

Em relação à crise humanitária, agravada pela falta de eletricidade e abastecimento de água, o GIC apela para que as organizações humanitárias tenham acesso irrestrito e que possam prestar assistência com rapidez, eficácia, sem restrições e livres de qualquer interferência política.

O GIC condenou o uso da força contra civis e expressou profundas condolências às famílias e amigos das vítimas. Condenou ainda os atos de violência contra jornalistas e ressaltou que a liberdade de imprensa deve ser respeitada.

Agencia Brasil // AO

Logo da Rádio Salvador FM

Rádio Salvador FM