Perícia nos diálogos do Telegram pode ser tecnicamente impossível, diz professor

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17 de junho de 2019 às 05h45

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Nos últimos dias, conversas atribuídas ao então juiz Sérgio Moro e procuradores da Operação Lava Jato dominaram o noticiário político do Brasil. A comunicação teria ocorrido por um aplicativo de troca de mensagens – o Telegram – e publicada pelo site The Intercept.

Segundo o site, elas mostrariam que o então juiz Sérgio Moro não foi imparcial ao julgar e condenar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O Intercept diz que recebeu as mensagens de uma fonte anônima e que checou sua autenticidade.

Moro denunciou no dia 4 de junho que foi vítima de um hacker. Deltan Dalagnoll denunciou em abril que também teve seu celular hackeado. Os dois questionam a autenticidade das mensagens alegando que elas podem ter sido adulteradas.

Independentemente de como as mensagens foram obtidas, os usuários dos aplicativos se questionam: o Telegram é mais seguro – ou não? E quem é o exótico milionário russo que criou o aplicativo?

Posando sem camisa no deserto, um homem quer mostrar saúde. Ele é o exótico bilionário russo Pavel Durov, de 34 anos.

Faz 15 anos que Pavel não bebe álcool, não usa drogas, não ingere nada que tenha cafeína, não come carne. Mais recentemente, ele passou a comer... Nada. Diz que está vivendo só à base de água.

Mas Pavel Durov não se resume a folclore e esquisitices. Ele é inimigo de um dos homens mais poderosos do mundo, o presidente russo, Vladimir Putin.

Ele teve que fugir da Rússia. Passou anos vagando pelo planeta, no máximo cinco semanas em cada lugar. Só nos últimos tempos parou num endereço fixo: Dubai, nos Emirados Árabes. E, de lá, ele comanda seu império.

Pavel fundou em 2006 a VK, que se tornou a rede social mais popular da Rússia. Grupos de oposição a Putin começaram a usar a VK pra se organizar. O governo foi pra cima. E apoiou um fundo de investimentos que, na marra, comprou a empresa de Pavel.

Ele foi obrigado a aceitar a venda. A essas alturas, já tinha saído escondido da Rússia. Pegou o dinheiro, cerca de R$ 1,5 bilhão, em valores de hoje, e se instalou, primeiro, nos Estados Unidos. E foi de lá que ele anunciou que já vinha trabalhando em um novo projeto, o aplicativo de troca de mensagens Telegram. Pois é, o mesmo Telegram que, nos últimos dias, está no centro do noticiário político no Brasil.

Isso porque teriam sido extraídas do Telegram as conversas que o site The Intercept publicou nesta semana. São mensagens que o site atribui ao então juiz Sérgio Moro, atual ministro da Justiça, e a procuradores da Operação Lava Jato.

No domingo passado, o Intercept divulgou um primeiro bloco de trocas de mensagens atribuídas a Moro e a procuradores, incluindo o chefe da força-tarefa, Deltan Dallagnol.

Segundo o site, os diálogos mostram que o então juiz Sérgio Moro teria orientado ações, o que é proibido pela Constituição, e teria cobrado novas operações dos procuradores. Moro também teria reclamado do tempo entre uma operação e outra.

 

G1//// Figueiredo

 

 

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